sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Venda de Super Tucanos da Embraer para Nigéria é liberada pelos EUA em contrato de US $593 mi


Os Estados Unidos concordaram formalmente com a venda de 12 aviões militares Super Tucano A-29 e armamentos para a Nigéria, afirmou a Força Aérea do país africano, confirmando a retomada de um negócio congelado pelo governo de Barack Obama por preocupações com direitos humanos. 

O ex-presidente norte-americano tinha adiado a venda dos aviões da Embraer, fabricados na Flórida em parceria com a Sierra Nevada Corporation, em uma das últimas decisões de de seu mandato depois que a Força Aérea da Nigéria bombardeou um campo de refugiados em janeiro.

Mas seu sucessor, Donald Trump, decidiu levar adiante a transação para apoiar os esforços da Nigéria em combater os militantes do grupo Boko Haram e impulsionar empregos na indústria militar dos EUA, disseram fontes à agência de notícias Reuters em abril.

A aeronáutica nigeriana disse em comunicado que o Departamento de Estado norte-americano aprovou a venda e os pagamentos necessários serão feitos antes de 20 de fevereiro. Não houve declaração imediata da embaixada dos EUA ou de autoridades em Washington.

O governo dos EUA e os oficiais da Força Aérea da Nigéria vão se encontrar no início de janeiro para discutir a entrega antecipada das aeronaves, assim que o pagamento for feito, disse a Força Aérea nigeriana.

A venda dos 12 aviões, com armas e serviços, vale US$ 593 milhões e o negócio inclui milhares de bombas e foguetes.

O Super Tucano com capacidades de reconhecimento, vigilância e ataque, custa mais de US$ 10 milhões, e o preço do turboélice pode ser muito maior dependendo da configuração de cada aeronave.


Fonte: UOL

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Ministério Público Federal quer impedir uso indevido de aviões da FAB por autoridades


O Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF) enviou recomendação ao presidente da República, Michel Temer, com o objetivo de impedir o uso indevido de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por parte de ministros de Estado e outros integrantes do governo.

O pedido é para que sejam feitas alterações no Decreto nº 4.244/2002, que regulamenta o transporte aéreo de autoridades em aviões da aeronáutica. Isso porque, em investigação, o MPF constatou dois fatos relevantes:

o número elevado de voos realizados para levar ministros de Estado a suas respectivas cidades de domicílio e também para buscá-los e utilização de aviões para transportar parentes, amigos lobistas das autoridades.

A solicitação do MPF tem como fundamento informações colhidas em inquérito civil público instaurado em 2016 para apurar o uso irregular de aviões da FAB. Deu início à investigação uma representação encaminhada ao MPF por congressistas expondo que 21 ministros de Estado teriam feito pelo menos 238 voos sem a justificativa adequada.

A partir disso, o MPF/DF enviou ofícios ao Comando da Aeronáutica e à Secretaria Executiva de cada Ministério apontado na manifestação, buscando informações sobre o custo dos voos realizados pelos ministros e sobre a agenda oficial dos chefes de cada pasta.

Em resposta, o MPF recebeu o dado de que foram gastos mais de R$ 34 milhões com os voos dos ministros de Estado da gestão do presidente Michel Temer no período de maio de 2016 a março de 2017.

Também com base nas informações recebidas, o MPF constatou que dos 781 transportes realizados, 238 tiveram como destino/origem a cidade de residência dos ministros sob o fundamento de necessidade de “segurança” e “serviço”.

Segundo o Ministério Público, a justificativa viola o Decreto nº 8.432, vigente desde 2015 e que restringe o uso de aeronaves do Comando da Aeronáutica em deslocamentos dessas autoridades para o local de domicílio. Na investigação, foi identificado que a solicitação de locomoção tinha como destino o local de domicílio de residência requisitante às quintas ou sextas-feiras, com retorno previsto para Brasília nas segundas ou terças-feiras.

Sobre o uso abusivo e ilegal dos voos da FAB, a recomendação destaca que “não há justificativa plausível para que a Administração Pública continue financiando esses gastos desmedidos, razão pela qual a revisão do Decreto nº 4.244/2002, bem como a punição dos que infringiram a restrição é medida que se impõe”.

Além disso, o MPF afirma que a norma lista, taxativamente, as autoridades públicas autorizadas a solicitar o uso dos aviões do Comando da Aeronáutica, mas é omissa em relação à possibilidade de acompanhantes. Para o Ministério Público, a lacuna normativa dá espaço para interpretações e pode servir de motivo para validar as “caronas”.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Sistema SARPAS do DECEA que autoriza o voo de drones no espaço aéreo passará por melhorias e atualizações

O Sistema SARPAS ficará FORA DO AR entre as 23h59 min de hoje, 26 de dezembro de 2017 até às 23h59 min do dia 27 de dezembro de 2017. Serão realizadas atualizações e melhorias no SARPAS (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas – RPAS) do DECEA. O Sistema é utilizado para solicitar o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro para as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS/DRONES).

Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), as principais melhorias são:

  • Possibilidade de cadastro de pessoa jurídica (CNPJ);
  • Possibilidade de compartilhamento de aeronaves, tanto por pessoa física, como por pessoa jurídica;
  • Definição antecipada, por parte do usuário, do tipo de operação desejada;
  • Definição preliminar se é necessária análise do voo – alguns perfis de operação não sofrerão análise, uma vez que o usuário se compromete em cumprir todos os parâmetros previstos, mantendo assim, a segurança do espaço aéreo, das pessoas, propriedades e animais no solo;
  • Total alinhamento com a legislação vigente;
  • Possibilidade de consulta de operações apenas por protocolo, facilitando a abordagem de fiscalização;

Outra melhoria será a possibilidade de autorização automática de acordo com parâmetros de distância diferentes para aeródromos e helipontos que os RPAs devem respeitar, ou seja, antigamente os parâmetros eram até 100 ft, 5 Km de aeródromos, helipontos e rotas conhecidas, agora será até 100 ft, ≥5 Km de aeródromos, ≥2 Km de helipontos e não há mais restrição para rotas conhecidas.

Isso porque, mesmo atingindo os 400 ft, o aeromodelo ou a RPA (em área urbana) não vai interferir no corredor e o próprio Sistema vai diferenciar aeródromo de heliponto.

Além das atualizações no sistema, o DECEA prevê também a atualização das normas em vigor e pede que o setor fique atento às mudanças que serão consideradas para as operações. As normas editadas não sofrerão mudanças em sua numeração inicial, porém em 2018, ao ser editada a AIC N 17/17, ela passará a ser chamada de AIC N 17/18.

“Graças à maturidade atingida pelo setor, alguns parâmetros sofreram ajustes, flexibilizando mais o voo desejado, porém os pilotos remotos devem ficar atentos às mudanças, a fim de não praticarem infrações”, comentou o Ten Cel Av Jorge Humberto Vargas do DECEA.

Alguns cadastros de aeronaves deverão ser revistos, a fim de estabelecer o completo alinhamento com as normas dos demais órgãos reguladores. Aeronaves que tenham sido cadastradas mais de uma vez com códigos SISANT (ANAC) diferentes, deverão ser removidos do SARPAS e reinseridas com um código SISANT único, pois agora haverá a possibilidade de cadastro de pessoa jurídica (CNPJ) e compartilhamento de aeronaves.

Fonte: www.pilotopolicial.com.br

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Airbus Helicopters suspende a produção do helicóptero H120 (Colibri) por falta de demanda


Segundo divulgação feita pela Australian Aviation e Rotor&Wing, a Airbus Helicopters confirmou que a produção do seu helicóptero H120 Colibri (EC120B) de cinco assentos foi suspensa depois que as encomendas do tipo estagnaram, contribuindo em grande parte por ofertas de helicópteros monoturbinas norte-americanos mais baratos e disponíveis na mesma categoria.

A Airbus disse que sua produção de 22 anos no H120 terminou oficialmente em setembro com a entrega de seu ultimo H120. A Airbus disse que os helicópteros Colibris foram entregues em mais de 50 países com mais de 400 operadores.  Essas aeronaves superaram coletivamente 1,7 milhão de horas de voo em dezembro de 2015.

“Estamos totalmente empenhados em apoiar nossos clientes e a frota global de mais de 700 H120 com o mesmo nível de serviço em todo o mundo – incluindo peças sobressalentes, reparos, manuais técnicos e treinamento”, disse a Airbus Helicopters em uma declaração à Australian Aviation.

“A decisão de parar a produção do H120 é o resultado da estratégia da Airbus Helicopters para se concentrar em mercados onde as tecnologias de ponta trazem maior valor aos clientes. A empresa, portanto, se concentrará no desenvolvimento de sua oferta no segmento intermediário de um único motor com o H125 e H130 através de melhorias contínuas desses dois helicópteros”.


Com um custo aproximado de US$ 2 milhões, o H120 enfrentou uma dura concorrência nos últimos anos com o monoturbina R66 de cinco assentos da Robinson Helicopter e do novo 505 Jet Ranger X de Bell Helicopter, ambos sendo vendidos pela metade do preço de venda de um H120.

Em 2016, a Airbus Helicopters entregou apenas cinco H120, em comparação com sessenta e três R66 entregues pela Robinson.

Fazendo seu primeiro voo em 9 de junho de 1995, o primeiro EC120B foi entregue em 1998 e foi montado ao lado do H125 e do H130 na fábrica da Airbus Helicopters em Marignane, na França. Alimentado por um Arrius 2F do Safran Helicopter Engine, o H120 é movido por cerca de 400 operadores civis e militares a nível mundial.

No Brasil, dentre os operadores de Segurança Pública, a Polícia Rodoviária Federal é a única que opera esse modelo de helicóptero.

Fonte: Piloto Policial