O Grumman C-1 Trader é uma variante de entrega de carga embarcada
(carrier onboard delivery – COD) do Grumman S-2 Tracker. Ele foi
substituído mais tarde por uma versão similar do Northrop Grumman E-2
Hawkeye, o Grumman C-2 Greyhound.
O Trader C-1 surgiu de uma necessidade da Marinha dos Estados Unidos
para um novo avião antissubmarino. Em resposta a isso, o Grumman começou
a desenvolver um protótipo de aeronave bimotor, de asa alta, que
designou G-89. Em 1952, a Marinha designou esta aeronave como XS2F-1
Tracker e voou pela primeira vez em 4 de dezembro daquele ano. Durante o
resto da década de 1950, emergiram três variantes principais, sendo o
C-1 Trader uma delas. O C-1 (originalmente TF-1) foi equipado para
transportar nove passageiros ou 1.500 kg (1.600 kg) de carga e voou pela
primeira vez em janeiro de 1955.
Ao longo dos anos 1960 e 1970, o Trader C-1 transportou correio e
suprimentos para porta-aviões no Oceano Pacífico durante a Guerra do
Vietnã e também serviu como treinador para operações em todo o tempo. Ao
longo da sua produção, foram construídos 87 aviões C-1 Trader, dos
quais quatro foram convertidos em aeronaves de contramedidas eletrônicas
EC-1A Tracer. O último C-1 foi retirado do serviço da USN em 1988.
Em 1956, o U.S. Marine Corps Test Unit Number 1 (MCTU # 1) testou o
conceito de usar a variante TF-1 como veículo para inserir equipes de
reconhecimento por trás das linhas inimigas. Em 9 de julho de 1956 a
MCTU Recon Marines tornou-se a primeira a lançar paraquedistas de um
TF-1.
Menos de três semanas depois, quatro paraquedistas de reconhecimento
partiram do USS Bennington, que estava a 70 milhas no mar, e saltaram em
uma zona de deserto perto de El Centro, Califórnia, a cerca de 100
quilômetros no interior. Pela primeira vez na história do Marine Corps e
da Aviação Naval, a técnica de introdução de pessoal a partir de um
porta-aviões para um alvo em terra foi testada com sucesso.
Em agosto de 2010, a Aviação Naval Brasileira anunciou que estava
comprando e iria modernizar oito células de aeronaves C-1 para servir em
operações embarcadas (COD) e papéis de reabastecimento aéreo para uso
em seu porta-aviões São Paulo.
Em 2011, o contrato foi assinado com a Marsh Aviation para converter
quatro ex-US Navy C-1A Trader em KC-2 Turbo Traders. Depois de vários
adiamentos, a última notícia é que o primeiro voo está marcado para
abril de 2019, permitindo a evolução para a versão FOC (Configuração
Final de Operação) das quatro aeronaves que serão entregues em 2021.
NOTA DO EDITOR: em 2015, no Fort Worth Alliance Air
Show – Texas, fizemos essas fotos de um C-1 Trader que é mantido em
condições de voo. Conversando com um dos veteranos que pilotam o avião,
ele disse que sabia que a Marinha do Brasil tinha comprado e só fez
elogios. Disse brincando que o Trader modernizado com turboélice, pode
voar mais 100 anos!
Fonte: www.naval.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.