sexta-feira, 14 de julho de 2017

Conheça o Grumman C-1 Trader, avião que a Marinha está modernizando nos EUA


O Grumman C-1 Trader é uma variante de entrega de carga embarcada (carrier onboard delivery – COD) do Grumman S-2 Tracker. Ele foi substituído mais tarde por uma versão similar do Northrop Grumman E-2 Hawkeye, o Grumman C-2 Greyhound.

O Trader C-1 surgiu de uma necessidade da Marinha dos Estados Unidos para um novo avião antissubmarino. Em resposta a isso, o Grumman começou a desenvolver um protótipo de aeronave bimotor, de asa alta, que designou G-89. Em 1952, a Marinha designou esta aeronave como XS2F-1 Tracker e voou pela primeira vez em 4 de dezembro daquele ano. Durante o resto da década de 1950, emergiram três variantes principais, sendo o C-1 Trader uma delas. O C-1 (originalmente TF-1) foi equipado para transportar nove passageiros ou 1.500 kg (1.600 kg) de carga e voou pela primeira vez em janeiro de 1955.



Ao longo dos anos 1960 e 1970, o Trader C-1 transportou correio e suprimentos para porta-aviões no Oceano Pacífico durante a Guerra do Vietnã e também serviu como treinador para operações em todo o tempo. Ao longo da sua produção, foram construídos 87 aviões C-1 Trader, dos quais quatro foram convertidos em aeronaves de contramedidas eletrônicas EC-1A Tracer. O último C-1 foi retirado do serviço da USN em 1988.

Em 1956, o U.S. Marine Corps Test Unit Number 1 (MCTU # 1) testou o conceito de usar a variante TF-1 como veículo para inserir equipes de reconhecimento por trás das linhas inimigas. Em 9 de julho de 1956 a MCTU Recon Marines tornou-se a primeira a lançar paraquedistas de um TF-1.

Menos de três semanas depois, quatro paraquedistas de reconhecimento partiram do USS Bennington, que estava a 70 milhas no mar, e saltaram em uma zona de deserto perto de El Centro, Califórnia, a cerca de 100 quilômetros no interior. Pela primeira vez na história do Marine Corps e da Aviação Naval, a técnica de introdução de pessoal a partir de um porta-aviões para um alvo em terra foi testada com sucesso.

Em agosto de 2010, a Aviação Naval Brasileira anunciou que estava comprando e iria modernizar oito células de aeronaves C-1 para servir em operações embarcadas (COD) e papéis de reabastecimento aéreo para uso em seu porta-aviões São Paulo.

Em 2011, o contrato foi assinado com a Marsh Aviation para converter quatro ex-US Navy C-1A Trader em KC-2 Turbo Traders. Depois de vários adiamentos, a última notícia é que o primeiro voo está marcado para abril de 2019, permitindo a evolução para a versão FOC (Configuração Final de Operação) das quatro aeronaves que serão entregues em 2021.



NOTA DO EDITOR: em 2015, no Fort Worth Alliance Air Show – Texas, fizemos essas fotos de um C-1 Trader que é mantido em condições de voo. Conversando com um dos veteranos que pilotam o avião, ele disse que sabia que a Marinha do Brasil tinha comprado e só fez elogios. Disse brincando que o Trader modernizado com turboélice, pode voar mais 100 anos!

Fonte: www.naval.com.br


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