sexta-feira, 30 de março de 2012

Helicóptero de R$ 11,2 mi é vendido no País pela primeira vez

O helicóptero MD Explorer chega ao Brasil pela primeira vez, por meio da distribuidora Helicentro, para concorrer com o Agusta A109 Grand New e o Bell 429. Por US$ 6,2 milhões (cerca de R$ 11,2 milhões) na configuração padrão, a aeronave biturbina pousa em São Paulo no próximo mês. 

Com velocidade de cruzeiro de 252 km/h, o helicóptero utiliza um sistema desenvolvido pela Boeing que troca o rotor de cauda por um fan responsável pelo controle antitorque e direcional. 

De acordo com a Helicentro, o MD Explorer pode voar por quase 3h30 e tem alcance de cerca de 500 km.O custo operacional do modelo é de US$ 650 por hora de voo em média. A aeronave é equipada com dois motores da canadense Pratt & Whitney, com 750 shp cada, e opera com peso bruto máximo de 2.948 kg.

Fonte: Portal Terra

quinta-feira, 29 de março de 2012

Gol reduz 10% da malha para conter prejuízos

A Gol deve começar a redução de sua malha aérea, como uma das ações anunciadas ontem na apresentação dos resultados da empresa no ano passado – quando registrou resultado financeiro líquido negativo em R$ 751 milhões, uma queda de 9,4% em relação a 2010.

Segundo a empresa, o objetivo é diminuir entre 8% e 10% das operações a partir deste mês. O enxugamento da oferta inclui voos da Gol e da Webjet que, juntas, operam cerca de 1.150 voos diários.

A empresa já anunciou alguns cancelamentos, por períodos, que, segundo informações da assessoria de imprensa, ainda não fazem parte da redução de malha anunciada.

Entre 16 de abril e 1º de maio, por exemplo, deixam de ser operados voos como o G31432, entre o Aeroporto de Guarulhos e Campo Grande, diário, o G31435, também diário, entre Salvador e Ilhéus, e o G31437, entre Curitiba e o Aeroporto de Guarulhos, diário.

Da Webjet foram cancelados voos como o WH5807, entre Brasília e Guarulhos, diário, e o WH5836, também diário, entra Salvador e Recife.

“A companhia está consciente de que vive um cenário de novos patamares de custo de combustível e taxa de câmbio. Adequar a base de custo a essa realidade continua sendo um objetivo crucial, pois isso dará flexibilidade para um crescimento disciplinado e sustentável para os próximos anos”, diz o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Jr.

“Manter a vantagem de custo possibilitará à Gol oferecer melhores tarifas e expandir com disciplina a demanda em novos mercados no futuro. Em 2011, a Gol tomou medidas que reduzirão em cerca de R$ 500 milhões sua base de custos em 2012 e mitigarão a pressão do custos de combustível e dos recentes aumentos das tarifas aeroportuárias”, completou.

A companhia abriu na última sexta-feira, dia 23, um programa de demissão voluntária (PDV), válido até o dia 29. A empresa conta hoje com 1,8 mil pilotos e 3,6 mil funcionários. Na apresentação dos resultados do ano passado, a empresa anunciou a adequação da força de trabalho da tripulação técnica e operacional como uma das ações para reverter os resultados negativos.

Sobre a informação de que a Gol teria recebido homologação da Anac para reduzir de quatro para três o número de comissários a bordo do Boeing 737-700, a companhia aérea negou o fato, por meio da assessoria de imprensa.

Fonte: Portal Viracopos

Azul recebe 40º jato da Embraer

A Azul Linhas Aéreas coloca em operação esta semana a 40ª aeronave da Embraer. De matrícula PR-AXD, a aeronave é do modelo E195, configurada para 118 assentos.

Batizado de “Azulão”, o jato faz parte dos oito aviões do mesmo modelo que a companhia deve receber até o final do ano e dos 17 que chegarão até 2015, conforme já divulgado.

Em fevereiro, a Azul anunciou um novo contrato de US$ 478 milhões com a Embraer, o qual prevê mais dez opções de compra a partir de 2015. Se concretizada a compra, a empresa terá 67 jatos, dos quais 57 E-195 e dez E-190.

O “Azulão” foi batizado pelo tripulante Sérgio Knoch, coordenador de Voos na companhia aérea.

Fonte: Portal Viracopos

quarta-feira, 28 de março de 2012

Infraero e Anac ouvem críticas à concentração no setor

Em audiência pública na segunda-feira, dia 26, representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ouviram muitas críticas em relação ao mercado de aviação civil, como concentração de rotas em poucos aeroportos, tarifas elevadas para operação de táxi aéreo, falta de estrutura regulatória e inconsistência nos controles de segurança. Os representantes do governo, porém, atribuíram grande parte dos problemas ao crescimento inesperado do tráfego aéreo eà política comercial das grandes empresas.

O debate realizado integra ciclo de audiências da Subcomissão Temporária sobre a Aviação Civil, presidida pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), para discutir a situação do transporte aéreo de passageiros no Brasil e propor um novo marco legal para o setor.

Segundo estudos apresentados por Cláudio Jorge Pinto Alves, professor do Departamento de Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), as pesquisas no setor foram incapazes de prever em 2010 e 2011 um crescimento tão elevado no tráfego aéreo, o que, segundo admitiu, impõe um grande desafio à Infraero.

O professor afirmou ser necessário dar condições para sustentar esse crescimento de modo a evitar novo caos aéreo, mas explicou que a expansão de aeroportos existentes não é uma solução por si, pois é preciso considerar a integração do sistema do aeroporto com outros subsistemas. Uma saída, conforme sua avaliação, é o incentivo à aviação regional, estimulando a exploração de linhas que não interessem às empresas maiores.

Rui Thomaz de Aquino, membro do Conselho Internacional de Aviação Executiva (Ibac), concordou com a avaliação, chamando a atenção do governo para a redução verificada no número de cidades atendidas por linhas regulares. É preciso, em sua opinião, discutir o aumento da integração dos aeroportos com outros meios de transporte.

Conforme explicou Aquino, somente em Porto Alegre há uma proximidade do aeroporto com o ramal ferroviário. Ele reclamou da falta de legislação para a operação privada de aeroportos, o que tem desestimulado o setor, e criticou o rigor nos controles de segurança em grandes aeroportos, em contraste com a "segurança zero" dos pequenos.

José Henrique Gracioso Moraes, empresário da aviação civil e piloto comercial, reclamou da falta de espaço nos aeroportos e da arbitrariedade no estabelecimento de tarifas para a operação de táxis aéreos. Segundo ele, nenhuma empresa consegue arcar com tarifas tão elevadas, o que tem levado a operações clandestinas. O empresário também apontou a precariedade do atendimento da Anac nos aeroportos.

VERIFICAÇÃO DE ENTRAVES
Fábio Faizi Rabbani, superintendente de Infraestrutura Aeroportuária da Anac, destacou o foco da agência no trabalho de verificação de entraves à malha aeroviária e na administração da fase de transição nos aeródromos é com a adoção gradativa do sistema de concessão.

Para Rabbani, a segurança e a capacitação do pessoal envolvido no sistema tem de estar sempre no topo das preocupações. O aeroporto, em seu ponto de vista, deve ser fator de desenvolvimento para a região, não um empecilho. No entanto, ele criticou a falta de controle, principalmente por parte dos municípios, da ocupação do entorno dos aeroportos.

Luiz Kavumi Miyada, assessor da Diretoria de Aeroportos da Infraero, lamentou que a empresa seja "coletora da chicotada" pelas falhas em 186 aeroportos quando apenas 66 estão sob sua responsabilidade. Miyada assegurou que o Brasil está perto de um novo ciclo de construção de aeroportos, no qual a responsabilidade é dividida.

Respondendo a questões apresentadas pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), Miyada afirmou que a Infraero luta pelo aproveitamento racional dos recursos aeroportuários, mas é limitada a autoridade da empresa para gerir horários de voos e otimizar a malha aeroviária. Vicentinho propôs a elaboração de legislação específica para regular essas questões. 
 
Fonte:  AGÊNCIA SENADO

domingo, 25 de março de 2012

Operação do maior avião no Brasil é autorizada, mas ainda sem previsão

 O maior avião do mundo, que foi exibido pela segunda vez no país nesta quinta-feira (22) em um evento promocional da Airbus no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), ainda não tem previsão de operar no Brasil.
Isso porque, apesar de autorizado há seis meses pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) a operar no país, nenhuma aérea nacional tem a aeronave e as empresas internacionais que as possuem dizem não ter previsão de usá-lo por aqui.

Lançada em 2005, a aeronave da Airbus de mais de 72 metros de comprimento leva entre 520 e 800 passageiros e custa cerca de US$ 375 milhões, segundo projeções de 2011.

Em setembro de 2011, a Infraero autorizou a Emirates a opera-lo em Cumbica após um pedido formal da empresa para isso. Na época, técnicos fizeram inspeções na pista para verificar se ela poderia atender com segurança a aeronave e a única restrição foi que, devido ao tamanho da pista, há necessidade de se desligar a turbina externa do superjumbo no momento do pouso, segundo a assessoria de imprensa da Infraero (leia mais abaixo).

A Emirates queria descer com o A380 em Guarulhos às 18h e decolar às 2h, um horário não compatível com o grande volume de voos no aeródromo. A contraproposta da Infraero foi para o superjumbo pousar uma hora mais tarde do previsto.

As negociações se arrastaram e a previsão da empresa iniciar os voos com o A380, estimada para março de 2012, foi adiada para o segundo semestre deste ano, conforme a Infraero.

A companhia confirma as tratativas, mas não comenta a questão em relação ao horário. “A Emirates faz constantemente pesquisas em aeroportos do mundo inteiro, incluindo o de São Paulo, para saber da viabilidade de operar com o A380, mesmo porque a companhia tem as análises, a Infraero considerou que, além de Guarulhos, teriam possibilidade de receber o superjumbo os aeroportos do Galeão (RJ), Recife (PE) e Salvador (BA), já que há a necessidade de pistas de apoio ou de escalas.

Com 69 aeronaves A380s sob encomenda e precisa alocá-las em diferentes rotas. O mercado brasileiro é muito importante para a Emirates e pretendemos trazer o A380 no momento oportuno”, disse o diretor-geral da Emirates no Brasil, Ralf Aasmann.
 
A Emirates opera duas rotas diárias de Dubai para o Brasil, todas com uma grande aeronave – um Boeing 777-300ER de 340 assentos e oito suítes privadas. Uma deles é para Guarulhos e a outra, para o Galeão.

Operações em terra e segurança
Entre os fatores analisados para as operações do A380 no país é a necessidade de um finger de ponte dupla para embarque e desembarque simultâneo pelas duas portas, o que só é possível em Cumbica. A Infraero testou isso e não houve problemas.

Também foi verificado o aspecto de segurança, já que, com duas turbinas de cada lado e com envergadura de quase 80 metros, o A380 deveria operar em pistas de categoria F pelos padrões da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), 60 metros de largura e outros 7,5 metros de escape em cada lado (até 80 metros de envergadura). Estas pistas existem em poucos lugares do mundo, em especial no Oriente Médio. Já as pistas brasileiras, como Guarulhos, são de categorias E, com 45 metros de largura e mais 7,5 metros de acostamento em cada lateral (até 65 m de envergadura).

Para o pouso ser realizado com tranquilidade, a restrição é de que a turbina do lado externo seja desligada na hora do pouso para evitar que haja sucção de algum material, diz a Infraero. Autoridades aeronáuticas europeias certificaram operações do A380 em pistas E ao redor do mundo desde que obedecido este procedimento, que não interferiria na quantidade de carga ou de passageiros transportados.

A Airbus informou pela assessoria que não comentaria a questão das operações do maior avião no Brasil, já que isso é uma decisão das companhias.
Um estudo da construtora prevê a necessidade de pelo menos 40 grandes aeronaves na América Latina até 2030. Até fevereiro, a Airbus já havia recebido 253 pedidos do A380 – nenhuma de companhia da América Latina. Destes, 71 já estão voando.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que “atualmente não temos nenhuma companhia aérea operando com esse modelo de aeronave no país” e que “não recebeu pedidos para operações com esse modelo”.

A Lufthansa e a Singapore Airlines, que trabalham com o A380, informaram ao G1 que não solicitaram à Infraero autorização para usar o superjumbo no Brasil e que também não possuem planos para isso ocorrer. A TAM diz que não conta com a aeronave na frota e não respondeu se pretende adquiri-lo.
 
Fonte: G1

sábado, 24 de março de 2012

Avião da Webjet voa com parafusos soltos na ponte aérea

O avião que fez o voo 5761 entre os aeroportos de Guarulhos, na Grande São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, na manhã de quarta-feira (21) completou o percurso com parafusos soltos, como mostra o leitor André Stolarski, um dos passageiros. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não é permitida a falta de parafusos no local. A Webjet reconheceu o erro, mas garantiu que não houve risco à segurança de quem estava na aeronave.

Da poltrona 10A, ao lado da asa direita do avião, Stolarski acompanhou com apreensão o aparecimento dos parafusos:

“Logo depois da decolagem (7h47m), três parafusos bailam soltos pela asa; depois da aterrissagem (8h21m), já não aparecem mais. Assustador, não?”

Segundo a Webjet, “após o pouso da aeronave, de fato foram encontrados parafusos soltos e faltantes no acabamento aerodinâmico, que não tem função estrutural, ou seja, não é responsável por suportar ou segurar o motor do avião.”

A Anac informou que a ausência de parafusos no ponto da aeronave fotografado pelo leitor, tecnicamente chamado de bordo de ataque do painel, não é permitida. No entanto, assim como a Webjet, esclareceu que “se trata de uma estrutura secundária e não de uma peça estrutural.” A agência se comprometeu a abrir “um processo de fiscalização para apurar, junto à Diretoria de Manutenção da empresa, as medidas adotadas pela companhia para sanar o problema.”

A Webjet garante que, “ao constatar o referido problema, providenciou a sua correção, ao realizar a simples substituição dos parafusos. A companhia ressalta que em momento algum a segurança dos passageiros, tripulantes e do voo foi comprometida.” A companhia disse manter “um rigoroso programa de manutenção diário em todas as suas aeronaves, sendo que o mesmo foi devidamente aprovado pelas autoridades aéreas competentes.”

Em junho de 2011, um avião da Webjet também foi alvo de um flagrante enviado ao Eu-Repórter. Então, o leitor Marcos Sketch mandou uma foto que mostrava um reparo feito com uma fita na fuselagem da aeronave que fazia o voo 6700 (Rio - Porto Alegre). Apesar de o tamanho do reparo ter deixado os passageiros assustados, a companhia e a Anac disseram que a fita pode ser usada em consertos temporários.

Fonte: O Globo

Azul Linhas Aéreas vai ligar o Sul ao Nordeste em nova rota

Boa notícia para os nordestinos que estão sempre procurando mais opções de voo. A Azul Linhas Aéreas foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar uma linha ligando o Sul ao Nordeste do Brasil.

O novo voo irá sair de Navegantes, em Santa Catarina, com destino à Fortaleza, no Ceará, fazendo escala Rio de Janeiro, Recife e Natal.

Diariamente, voos irão ligar o Rio de Janeiro ao Recife, com saída às 08h16 do Galeão e chegando na capital pernambucana às 11h10. Já saindo do Aeroporto dos Guararapes, o voo será às 17h32 e chega no Rio às 20h23.

A outra capital que será diretamente ligada ao Recife, Natal, saindo às 11h40 e com pouso previsto para 12h30. Na volta, o voo deve sair da capital do Rio Grande do Norte às 16h02 e chegando às 17h04.

A nova linha começa a operar em 20 de abril.

Fonte: NE10

terça-feira, 20 de março de 2012

Infraero fecha 2011 com lucro de mais de R$ 156 milhões

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) fechou 2011 com um lucro líquido de R$ 156,8 milhões, um aumento de 383,7% em relação ao valor obtido no ano anterior. Os dados estão no Relatório Anual da Administração de 2011.

Além de apresentar o lucro líquido da empresa, foram destacadas as principais ações desenvolvidas do ano passado, além de demonstrações financeiras e notas explicativas referentes à situação patrimonial e financeira da estatal.

A Infraero encerrou 2011 com crescimento de 15,8% em passageiros movimentados (179,9 milhões de embarques e desembarques); aumento de 9,3% na movimentação de aeronaves (2,9 milhões de pousos e decolagens); e crescimento de 3,5% na área de logística de carga (1,2 milhão de toneladas transportadas) nos 66 aeroportos que compõem a Rede.

O relatório também ressalta importantes iniciativas da empresa em 2011. Dentre essas existe a criação, pelo Governo Federal, da Secretaria de Aviação Civil (SAC), que permitiu uma melhor integração dos entes envolvidos no setor aéreo brasileiro; e a criação da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), responsável pela organização e coordenação das atividades operacionais nos aeroportos.

Investimentos - No ano passado a Infraero investiu R$ 1,145 bilhão. O valor representa a maior quantia desembolsada pela empresa em um único ano e compreende investimentos em infraestrutura e equipamentos.
Entre as várias ações empreendidas pela Infraero em 2011, está a oferta de sinal gratuito de internet – 15 minutos de acesso – nos aeroportos de Brasília, Congonhas, Guarulhos, Galeão, Salvador, Fortaleza e Recife. A intenção da empresa é expandir a iniciativa para outros aeroportos e tornar o tempo de conexão ilimitado.

Fonte: Embarque Nordeste com informações da Infraero  / Victor Costa     

sexta-feira, 9 de março de 2012

Radar Aeronáutico será instalado por entusiastas em Aracaju

Um grupo de profissionais da área de tecnologia da informação, pilotos e entusiastas pela aviação se juntam ao Blog Ajunoar e preparam grandes novidades para o mês de abril dentre elas será a instalação do SysPort Virtual Radar. Com o primeiro receptor de ADS-B produzido no Brasil o grupo vai proporcionar aos amantes da aviação acompanhar o tráfego aéreo na região diretamente no seu computador ou notebook.

O ADS-B trabalha com informações apuradas da posição geográfica da aeronave obtidas por meio de interface com o sistema de navegação global por satélites (GNSS), as informações transmitidas aos escopes do radar serão muito precisas.

Mesmo com baixo número de voos no aeroporto de Aracaju, existe novos projetos como "Fonia" e "Câmera do Tempo".

sexta-feira, 2 de março de 2012

Estado está de posse do Aeroclube, mas impasse continua

O Estado de Sergipe já está de posse do terreno do Aeroclube de Aracaju. A informação foi confirmada pelo procurador do Estado Pedro Dias. A reintegração de posse foi concedida pela juíza Simone Oliveira Fraga, da 3ª Vara Cível, após um pedido de reintegração de posse feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A justificativa para o pedido foi que estava havendo irregularidades na administração do local.

De acordo com o procurador do Estado, Pedro Dias, existiam diversas irregularidades que apontavam a gravidade das condições de funcionamento do Aeroclube. “O primeiro deles é que a gente tinha encontrado várias irregularidades administrativas no aeroclube, como por exemplo, uma má gestão da própria potencialidade do aeroclube no que se refere ao estímulo a aviação amadora. Por outro, o aeroclube estava com problemas de má conservação da pista, você tinha problemas de segurança de voo, pessoas que bebiam e depois iam pilotar aeroplanos, ultraleves. Pessoas que às vezes estavam voando sem apresentação da carteira de habilitação ou então estava tendo algumas falhas na segurança que nós verificamos que era muito melhor que o estado retomasse o bem e fizesse um controle”, afirma.

Hangares
Apesar de estar de posse do terreno, o impasse continua. Isso porque dentro do próprio aeroclube existem comércios que estão ocupando os hangares do local, mas que segundo o procurador Pedro Dias, necessitam ser desativados.  “A posse do terreno já temos, mas os hangares que foram transformados em comércio, esse ainda vai depender de decisão da própria  juíza, que ainda não saiu. Lá dentro existem hangares de diversas empresas de comércio como ferro velho e etc. Tem uma casa lá dentro que tem um cidadão que criava cachorro, imagine você criar cachorro dentro do aeroclube. Então tinham várias coisas que a gente precisava realmente tomar pé da situação. Eles [comerciantes] vão contestar o feito, depois vamos nos manifestar e a juíza vai decidir se vai dar uma liminar ou não para retirar também o comércio. Os comerciantes já sabem, já foram notificados pelo Grupamento Tático Aéreo de que eles estão irregularmente e que eles precisam sair”, afirma.

Projetos
Segundo a PGE, o Estado tem o interesse de não só asfaltar a pista, mas também fazer toda a drenagem daquela região. “Não basta só você passar o asfalto, você tem que passar o asfalto e fazer o projeto de drenagem, porque senão daqui a pouco chove, a pista vai está empoçada. Por isso que se suspendeu o hangar até que se decida o que vai ser feito naquela região. O projeto ainda está na fase de levantamento de dados”, diz Pedro Dias.

Fonte: infonet  

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aviação regional terá mais de R$ 1 bilhão por ano, afirma ministro

O Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) terá mais de R$ 1 bilhão por ano para aplicar no desenvolvimento da aviação regional. A informação foi dada pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt, após audiência pública realizada nesta quarta-feira (30) pelas comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Governo afirma que não haverá aumento de tarifas após concessões de aeroportos.
O montante, que representa quase o triplo do disponível atualmente, servirá para dar andamento a projetos que serão definidos com base em discussões técnicas que envolverão consulta aos governos estaduais. A idéia é elevar de 130 para mais de 200 o total de terminais aeroportuários do país.

Realizado por sugestão dos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Jorge Viana (PT-AC), o debate no Senado teve por finalidade buscar esclarecimentos acerca dos leilões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos. Também participaram os presidentes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Gustavo Matos do Vale, e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys.

Criado em março do ano passado, o Fnac será reforçado exatamente com recursos dos aeroportos que foram objeto de leilão em janeiro, em processo que deve se concluir em março, após exame de questionamentos feitos por participantes. Conforme o ministro, a receita corresponde a percentual do faturamento bruto previsto em cada contrato e ainda ao pagamento da chamada “contribuição ao sistema”.

Sem mencionar valores, Wagner Bittencourt já havia reiterado aos senadores que o governo está empenhado em desenvolver a aviação regional. Jorge Viana se manifestou a favor das concessões, mas disse ser fundamental não “jogar fora” a oportunidade de utilizar esse processo como parte da solução dos problemas regionais, a seu ver ainda mais sensível no Norte e no Nordeste. Ele aproveitou ainda para registrar o descontentamento com o recente cancelamento de vôo da Gol entre Brasília e Rio Branco, trajeto em que disse ser cobrado até R$ 3 mil por trecho.  

- Como compatibilizar cenário tão otimista expresso pelas concessões [dos três primeiros aeroportos] com serviço tão caro e precário para os usuários? – indagou Viana.

Questionamentos
Francisco Dornelles (PP-RJ) questionou diversos aspectos das concessões, após ressalvar que era movido não pela intenção de criticar, mas pela “preocupação de quem torce para que tudo dê certo”. Perguntou sobre a razão da dispensa de pré-qualificação, o que poderia impedir empresas já desclassificadas em projetos no exterior, e também por que foi exigida tão pouca experiência dos concorrentes. Segundo ele, o requisito foi um certificado de operação em aeroportos que atendem 5 milhões de passageiros por ano, embora Guarulhos opere com 54 milhões e Brasília com 50 milhões.

Dornelles revelou ainda preocupação com a futura capacidade de investimentos dos grupos vencedores. Conforme observou, o operador de Guarulhos terá de pagar ao governo 97% da receita líquida, e o de Brasília, 94%. Com isso, concluiu, vai sobrar para os concessionários menos do que a Infraero recebe hoje. Ele indagou se, assim, as empresas terão condições de investir e assegurar a qualidade dos serviços.

Na mesma linha, o senador Vicentinho Alves (PR-TO) disse que a modelagem do leilão foi feita para garantir resultados financeiros para o governo, com menor preocupação com os aspectos técnicos. Sem citar nomes, chegou a dizer que três empresas participantes dos consórcios vencedores foram citadas na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

- Nós somos exigidos pela sociedade brasileira a sermos Ficha Limpa. Para participar de leilão, imagino que uma empresa também tenha de estar organizada perante a Justiça e a sociedade – disse Vicentinho.

Tanto o ministro quanto Guaranys, presidente da Anac, defenderam a modelagem dos leilões, ambos salientando que o objetivo foi realmente garantir ampla competição, requisito imposto pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo disseram, os consórcios apresentaram propostas com ágios elevados, de até 600%, partindo da avaliação de que se tratava de um bom negócio.

- Será que todas erraram e avaliaram mal? As empresas sabem que o “business aeroporto” é muito bom e gera muito caixa. Já vi companhias aéreas quebrarem, mas aeroportos, não – disse o ministro, garantindo ter confiança na capacidade dos futuros operadores de cumprir os contratos.

Saúde financeira
Em defesa das concessões, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse haver uma campanha para desqualificar as empresas vencedoras do processo licitatório.De acordo com o senador petista, as empresas foram submetidas a rigorosas exigências, incluindo sanidade financeira, ativos totais e patrimônio líquido mínimo, além das garantias de bancos e seguradoras de “primeira linha”.

- As empresas vencedoras já atuam em vários continentes, e as parceiras brasileiras são de nível de primeiro mundo. Acho estranhos estes questionamentos – afirmou.

Para Delcídio, o governo agiu rápido e, em curto tempo, conseguiu a outorga por meio de um “processo com transparência, clareza e simplicidade”. Em relação aos questionamentos sobre a natureza da operação, se houve concessão ou privatização, ele afirmou ser irrelevante.

O senador José Agripino (DEM-RN), por sua vez, mostrou-se preocupado com os aeroportos deficitários, os quais, na opinião dele, deveriam ser subsidiados pelos terminais mais lucrativos.

- Brasília é a jóia da coroa. E Uberlândia, Uberaba, Montes Claros? Como fica a situação de terminais que não são tão atrativos ou dão prejuízo? – indagou.

Por Gorette Brandão e Anderson Vieira / Agência Senado