terça-feira, 19 de junho de 2012

Troca de presidente não mudará modelo da Gol, diz Constantino

A troca de comando na Gol Linhas Aéreas não vai mudar o foco da companhia, afirmou, nesta manhã, o presidente-executivo da empresa, Constantino de Oliveira Junior, que participou de teleconferência com analistas para comentar a mudança anunciada na noite de ontem.
“Apesar de 60% dos passageiros do transporte aéreo serem de viagens a negócios, a Gol vai continuar perseguindo o modelo de baixo custo”, afirmou o executivo.
Constantino deixará o cargo e passará a ser presidente do conselho de administração da companhia. Assumirá, no seu lugar a partir do dia 2 de julho, Paulo Kakinoff, atual presidente da montadora Audi.
“Não estou me aposentando”, disse Constantino. "Vou permanecer na presidência do conselho de administração, dividindo minha experiência de 12 anos na administração da Gol com o Kakinoff”.
Segundo ele, o fato de Kakinoff vir de uma empresa voltada para a classe A não indica que a Gol pretende reforçar a sua operação para esse perfil de público. “O Kakinoff entrou na Volkswagen na época em que a empresa apostava no carro popular, o Gol 1.000”, acrescentou.
De acordo com Constantino, Kakinoff é a pessoa certa e durante dois anos como conselheiro da Gol “conheceu os desafios da companhia”.
Agregando valor
A renúncia de Constantino da presidência-executiva foi um movimento para agregar valor à companhia, afirmou, ao Valor, o próprio Constantino, maior acionista individual da Gol, com 18% do capital total e 25% do capital votante.
“Não estou abrindo mão de uma função executiva. Estou fazendo um movimento que eu entendo que agrega valor à companhia. Entendo que encontrei a pessoa que atende o nosso desejo para ser o líder da empresa”, disse Constantino.
De acordo com ele, como Paulo Kakinoff, atual presidente da Audi, sairá do conselho de administração da Gol para assumir o cargo de presidente-executivo, o conselho será reduzido de 10 para 9 conselheiros, pois não haverá substituição.
Pressão por resultados
“Não houve pressão. Não me sinto pressionado. Talvez o acionista que mais cobra resultado e que coloca mais pressão sobre a minha gestão sou eu mesmo”, afirmou Constantino, ao ser questionado se houve pressão de outros acionistas para a troca de comando na Gol.
fonte:ig.com.br

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