A troca de
comando na Gol Linhas Aéreas não vai mudar o foco da companhia, afirmou,
nesta manhã, o presidente-executivo da empresa, Constantino de Oliveira
Junior, que participou de teleconferência com analistas para comentar a
mudança anunciada na noite de ontem.
“Apesar de 60%
dos passageiros do transporte aéreo serem de viagens a negócios, a Gol
vai continuar perseguindo o modelo de baixo custo”, afirmou o executivo.
Constantino
deixará o cargo e passará a ser presidente do conselho de administração
da companhia. Assumirá, no seu lugar a partir do dia 2 de julho,
Paulo Kakinoff, atual presidente da montadora Audi.
“Não estou me
aposentando”, disse Constantino. "Vou permanecer na presidência do
conselho de administração, dividindo minha experiência de 12 anos na
administração da Gol com o Kakinoff”.
Segundo ele, o
fato de Kakinoff vir de uma empresa voltada para a classe A não indica
que a Gol pretende reforçar a sua operação para esse perfil de público.
“O Kakinoff entrou na Volkswagen na época em que a empresa apostava no
carro popular, o Gol 1.000”, acrescentou.
De acordo com
Constantino, Kakinoff é a pessoa certa e durante dois anos como
conselheiro da Gol “conheceu os desafios da companhia”.
Agregando valor
A renúncia de
Constantino da presidência-executiva foi um movimento para agregar valor
à companhia, afirmou, ao Valor, o próprio Constantino, maior acionista
individual da Gol, com 18% do capital total e 25% do capital votante.
“Não estou
abrindo mão de uma função executiva. Estou fazendo um movimento que eu
entendo que agrega valor à companhia. Entendo que encontrei a pessoa que
atende o nosso desejo para ser o líder da empresa”, disse Constantino.
De acordo com
ele, como Paulo Kakinoff, atual presidente da Audi, sairá do conselho de
administração da Gol para assumir o cargo de presidente-executivo, o
conselho será reduzido de 10 para 9 conselheiros, pois não haverá
substituição.
Pressão por resultados
“Não houve
pressão. Não me sinto pressionado. Talvez o acionista que mais cobra
resultado e que coloca mais pressão sobre a minha gestão sou eu mesmo”,
afirmou Constantino, ao ser questionado se houve pressão de outros
acionistas para a troca de comando na Gol.
fonte:ig.com.br
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