segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Aéreas Vão Priorizar Embarque de Órgãos e Tecidos Para Transplante

 
O Ministério da Saúde e as cinco maiores empresas aéreas do país assinaram um acordo para efetuar o transporte de órgãos e tecidos para transplante, em todo território nacional. As companhias aéreas passarão também a transportar os hemoderivados — produtos extraídos do sangue — especialmente nos casos de catástrofes. As companhias aéreas que fazem parte deste acordo representam 99% da viação comercial brasileira.
 
A iniciativa tem como objetivo dar mais agilidade no acesso a informações de logística aérea, como vôos disponíveis e condições meteorológicas, permitindo tomada rápida de decisão para reduzir o tempo entre o deslocamento do órgão após a captação e a realização do transplante.
 
Por conta disso, as aeronaves que estiverem transportando órgão terão prioridade para pousos e decolagens. Os operadores aeroportuários deverão garantir prioridade ao condutor do órgão e aos integrantes das equipes de captação e condução, nos procedimentos de inspeção de segurança e também no acesso aos portões de embarque e desembarque.
 
A expectativa é aumentar em 10% o número de órgãos sólidos transportados — os que exigem maior rapidez por conta do tempo de falência. Em 2012, mais de 1,2 mil órgãos e tecidos (córneas e ossos) foram transportados. Neste ano, até o momento, o número mais que dobrou — 3,5 mil.
 
Para colocar em prática esta iniciativa, uma equipe formada por oito enfermeiros vão trabalhar, diariamente, por meio de rodízio, no CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea). “Essa equipe acompanhará o fluxo dos voos para tomada de decisões rápidas sobre a logística dos órgãos que serão transportados”, disse Alexandre Padilha, ministro da Saúde. A equipe dividirá espaço com representantes das empresas aéreas e dos aeroportos, meteorologistas de plantão e de outras entidades.
 
De acordo com o Ministério da Saúde, nenhum passageiro será obrigado a ceder o assento no avião para que o órgão seja transportado. Caso todos os assentos estejam ocupados e a urgência do transporte indicar necessidade, a empresa aérea deverá questionar os passageiros sobre a possibilidade de desembarque voluntário e embarque no próximo vôo.
 
 Fonte: O Regional

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.