O
Ministério da Saúde e as cinco maiores empresas aéreas do país
assinaram um acordo para efetuar o transporte de órgãos e tecidos para
transplante, em todo território nacional. As companhias aéreas passarão
também a transportar os hemoderivados — produtos extraídos do sangue —
especialmente nos casos de catástrofes. As companhias aéreas que fazem
parte deste acordo representam 99% da viação comercial brasileira.
A
iniciativa tem como objetivo dar mais agilidade no acesso a informações
de logística aérea, como vôos disponíveis e condições meteorológicas,
permitindo tomada rápida de decisão para reduzir o tempo entre o
deslocamento do órgão após a captação e a realização do transplante.
Por
conta disso, as aeronaves que estiverem transportando órgão terão
prioridade para pousos e decolagens. Os operadores aeroportuários
deverão garantir prioridade ao condutor do órgão e aos integrantes das
equipes de captação e condução, nos procedimentos de inspeção de
segurança e também no acesso aos portões de embarque e desembarque.
A
expectativa é aumentar em 10% o número de órgãos sólidos transportados —
os que exigem maior rapidez por conta do tempo de falência. Em 2012,
mais de 1,2 mil órgãos e tecidos (córneas e ossos) foram transportados.
Neste ano, até o momento, o número mais que dobrou — 3,5 mil.
Para
colocar em prática esta iniciativa, uma equipe formada por oito
enfermeiros vão trabalhar, diariamente, por meio de rodízio, no CGNA
(Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea). “Essa equipe acompanhará o
fluxo dos voos para tomada de decisões rápidas sobre a logística dos
órgãos que serão transportados”, disse Alexandre Padilha, ministro da
Saúde. A equipe dividirá espaço com representantes das empresas aéreas e
dos aeroportos, meteorologistas de plantão e de outras entidades.
De
acordo com o Ministério da Saúde, nenhum passageiro será obrigado a
ceder o assento no avião para que o órgão seja transportado. Caso todos
os assentos estejam ocupados e a urgência do transporte indicar
necessidade, a empresa aérea deverá questionar os passageiros sobre a
possibilidade de desembarque voluntário e embarque no próximo vôo.
Fonte: O Regional
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