sexta-feira, 11 de abril de 2014

Natal perde mais de 2,8 mil voos


O Aeroporto  Augusto Severo sofreu uma redução de 2.853 voos comerciais de 2012 para 2013. A queda foi de 12,49%, o  pior resultado do Nordeste e o terceiro pior entre os aeroportos que atendem as 18 capitais incluídas no Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo 2013, divulgado no dia 3 pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), órgão subordinado ao Comando da Aeronáutica e ao Ministério da Defesa. Foram 22.834 voos em 2012, contra 19.981 no ano seguinte.

Os únicos aeroportos que atendem capitais com quedas mais expressivas que as de Natal no ano passado foram os de Campo Grande (MS), com redução de 18,74%, e Vitória (ES), com queda de 14,32%. Entre os aeroportos nordestinos incluídos no Anuário, só o de Maceió (AL) teve crescimento: foram 3.178 voos comerciais a mais do que no ano anterior, o que equivale a um aumento de 21,71%.

Em 2012, o Augusto Severo já tinha contabilizado 1.674 voos comerciais a menos em relação a 2011, ano em que Natal chegou a receber 24.508 voos comerciais. A queda na época equivalia a 6,83%. No acumulado de 2011 a 2013, Natal perdeu 4.527 voos comerciais.

No último ano, a aviação militar predominou no RN, compondo 46% das movimentações no aeroporto. Foram 21.832 voos em 2013 dos 47.940 registrados no local. O anuário destacou a realização da Cruzex – exercício aéreo multinacional organizado pela Força Aérea Brasileira – no RN, que contribui para um crescimento da aviação militar no estado de 63% no período.

As outras 6.127 movimentações do aeroporto dizem respeito à aviação geral, que contempla voos de pequenos aviões de propriedade particular até modernos jatos executivos, helicópteros, balonismo, voos de treinamento (para pilotos iniciantes) e outras atividades aéreas.

Quedas
Entre as 18 capitais atendidas pelos aeroportos inseridos no anuário, 14 tiveram queda no número de voos. Questionada sobre o motivo da redução no RN, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que “a escolha das rotas decorre de avaliação que leva em consideração fatores como a infraestrutura das cidades e as características do mercado, condições que determinam a viabilidade da operação”.

Entre 2002 e 2010, a aviação experimentou forte crescimento, diz a Abear, levando a uma redução dos preços médios das tarifas e praticamente triplicando o número de passageiros. Contudo, desde 2011, além dos gargalos de infraestrutura que segundo a Associação persistem, as companhias têm enfrentado alta nos custos, motivada pela desvalorização do real e pela alta do petróleo no mercado internacional, encarecendo o querosene de aviação, que responde por 40% dos custos das empresas.

A Infraero – que administra o Augusto Severo – não respondeu às perguntas da reportagem até o fechamento desta edição.

Fonte: tribunadonorte.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.