segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cavex investiga uso de laser contra helicópteros na região

Uma brincadeira perigosa preocupa pilotos do Exército e da Polícia Militar da região. Equipamentos de raio laser, vendidos livremente em lojas, estão sendo usados contra helicópteros militares que sobrevoam o Vale.
O uso irregular do laser estaria prejudicando voos noturnos e colocando em risco a vida dos militares. Segundo pilotos, a luz invade a cabine e afeta a visão, além de provocar perda de noção de profundidade e dificuldade momentânea de acompanhar parâmetros no painel de controle da aeronave.
Diante da frequência do problema, o Cavex (Comando de Aviação do Exército) de Taubaté está fazendo um mapeamento dos pontos onde pilotos registram maior número de ‘ataques’.
Segundo estudo inicial, os bairros Alto de São Pedro, Independência e condomínios residenciais próximos ao Taubaté Shopping, entre as avenidas Charles Schneider e Itália, concentram o maior número de feixes de luz disparados das residências contra helicópteros.
Crime.
Apesar de parecer brincadeira inofensiva, o laser contra aeronaves é crime e pode levar à prisão.
“O laser verde, de alta potência, está sendo comercializado de forma banalizada. Muitos pais não têm a preocupação de verificar a gravidade destes objetos nas mãos das crianças”, disse o major José Antônio Szdjian, chefe do Setor de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos.
Lei
Por lei, expor ao perigo ou praticar qualquer ato que dificulte a navegação aérea é crime, e prevê reclusão de 2 a 5 anos. Se houver queda ou destruição de aeronave, a pena passa a ser de 4 a 12 an os.
Segundo o piloto do Cavex capitão Felipe Bollorini, os dois tipos de laser afetam a visão dos pilotos. Em voos comuns, os verdes são mais agressivos, Já com os Óculos de Visão Noturna, os raios vermelhos provocam um prejuízo maior. “Com os OVN, o vermelho oferece além dos riscos de comprometimento da visão do piloto, danos aos óculos, sensíveis a luz.”
Águia
Os militares do grupamento aéreo da PM também enfrentam problemas com o laser em São José, Jacareí e Taubaté. Segundo o capitão Paulo Scachetti, oficial de segurança de voo da PM de São José, tem sido registrado um aumento de ocorrências.
“Em muitos casos verifica-se a participação de menores, cujo intuito aparentemente é de brincadeira. Uma brincadeira perigosa, cujos riscos muitas vezes não se conhece, por isto a necessidade da divulgação e orientação”, afirmou.
Ainda segundo Scachetti, a PM tem trabalhado para identificar os autores. “Assim que identificarmos o endereço de onde a luz esta sendo disparada, viaturas em terra irão seguir ao endereço para tentar fazer o flagrante”, disse.

Fonte: POR LUARA LEIMIG

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