sexta-feira, 14 de junho de 2013

Tempo de ação é a principal arma do Cavex na Copa das Confederações

Onze minutos. Este é o tempo máximo que os militares do Comando de Aviação do Exército (Cavex) de Taubaté, no interior de São Paulo, vão levar para estar em qualquer ponto da cidade do Rio de Janeiro, se forem acionados para conter ataques terroristas ou tumultos durante os jogos da Copa das Confederações.

Neste trabalho da aviação, uma das peças fundamentais é o 'olho da águia', uma câmera super potente acoplada embaixo de um helicóptero modelo Esquilo. "Enquanto os pilotos sobrevoam ou mesmo acompanham um tumulto ou ataque em casos de emergências, tudo estará sendo captado pelo 'olho da águia', e simultaneamente estas imagens estão sendo acompanhadas em tempo real no CCDA", explicou o coronel Marcelo Dolabella, comandante do 1º Bavex, que integra o Cavex de Taubaté.

O CCDA é o Centro de Coordenação de Defesa de Área. Lá estarão reunidos - nos dias de jogos - cerca de 80 pessoas, entre militares das três forças, polícias Civil, militar e federal, Departamento de Trânsito, entre outros. Assim, com as imagens recebidas em tempo real, o direcionamento das ações por terra também fica fortalecido e direcionado.

Alerta 
Até a manhã de domingo (16) os militares estão de sobreaviso, traçando estratégias treinamentos e reconhecimentos. Quando todo o país estiver se preparando para reunir amigos e parentes em torno da TV para ver os jogos, os militares de Taubaté estarão em estado de alerta.

Eles ficarão de uniforme, com helicópteros prontos para a decolagem e atuação em tragédias. "O tempo estimado para a tripulação estar toda dentro do helicóptero e a aeronave estar fora do solo é de 15 minutos. Daí, em 11 minutos, no máximo, estamos em qualquer ponto", disse o capitão João Luiz Kutchma, piloto do Cavex.

Para um acionamento no Maracanã ou Engenhão, por exemplo, o tempo de deslocamento máximo dos pilotos será de 4 a 5 minutos. Desde a manhã do domingo até o final da partida entre México e Itália, os olhos destes militares em alerta estarão divididos. "Estaremos com uma salinha de apoio montada ao lado do local de pouso das aeronaves, dentro do Campo dos Afonsos da FAB. De lá, teremos uma TV ligada nos jogos e vamos tentar também assistir, mas a prioridade é a nossa missão", contou o piloto Kutchman.

Essa rotina vai se repetir em todos os dias de jogos, no caso do Rio neste domingo, no dia 20 e durante a final no dia 30 de junho.

Pontos de ocupação
Na manhã desta quinta-feira (13) a equipe da TV Vanguarda visitou alguns pontos sensíveis que estão ocupados por militares por terra, e com sobrevoos do Cavex. Um deles é a usina de Furnas, responsável por todo o abastecimento de energia elétrica da zona oeste do Rio, o que corresponde a cerca de 30% da cidade carioca. Além deste ponto, outros 13 estão tomados pelo Exército, entre eles sistemas de transmissão de telefonia e comunicações em geral.

Fonte: G1

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