Pela primeira vez em 22 meses, as companhias aéreas do Brasil apresentaram índice de queda na demanda por voos domésticos.
O decréscimo consolidado foi de 0,4% em agosto deste ano na
comparação com o mesmo mês de 2014. Os dados estão no Relatório de
Demanda e Oferta do Transporte Aéreo, divulgado pela Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) nesta quarta-feira (30/9).
A demanda afere a relação entre número de passageiros pagantes
transportados por quilômetro. Se for considerado apenas o número de
passageiros que viajaram de avião pelo Brasil nesse período – o que
corresponde a 7,8 milhões de pessoas –, a queda foi de 2,4%.
A queda mais significativa na demanda das grandes companhias aéreas
foi registrada pela Tam, de 2,9%. A Gol teve redução de 2,8% na demanda.
Já Avianca e Azul cresceram 9% e 4,4%, respectivamente.
Conforme a Anac, em agosto, houve redução na oferta de assentos da
Tam (3,5%) e da Gol (0,6%). A Avianca ampliou a oferta em 11,8% e a Azul
em 4%. A oferta relaciona a quantidade de assentos disponíveis por
quilômetro percorrido.
Segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a alta
expressiva do dólar impactou fortemente nos custos das empresas. Além
disso, entre os fatores que ocasionaram o resultado negativo estão a
retração acentuada do público corporativo, que predomina no cotidiano da
aviação doméstica.
Por outro lado, o mercado internacional seguiu a tendência de avanço
ao completar 18 meses consecutivos de alta. A elevação em agosto foi de
16,7%, em relação ao mesmo mês de 2014.
Já a oferta teve a décima terceira expansão seguida, com aumento de
19,2%. Os melhores resultados foram da Tam, que teve crescimento de
8,8%, e da Gol, com resultado positivo de 3,5%.
O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras
no mercado internacional em agosto de 2015 atingiu 664,9 mil, com
aumento de 15,9% em relação a agosto de 2014. Além disso, o índice
aponta a maior quantidade de passageiros transportados em voos
internacionais por empresas brasileiras registrada para o mês nos
últimos dez anos.
Fonte: Transporta Brasil
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