Qualquer ambiente de trabalho em que orientação e supervisão são necessárias para se completar tarefas, atender clientes e cumprir prazos exige um gestor eficaz. Um supervisor competente sabe como se comunicar de forma eficaz, solucionar problemas e motivar os colaboradores.
Para ser um bom líder e maximizar o desempenho da equipe, o profissional deverá conhecer os pontos fortes dos colaboradores, assim como as áreas que ainda precisam de mais desenvolvimento. Além disso, precisará de um conjunto claro de expectativas e objetivos.
Algumas características desejáveis no supervisor:
Planejamento das atividades diárias e futuras, estabelecendo prioridades;
Agir como exemplo;
Conhecer e divulgar as atividades críticas, às quais deverão ser supervisionadas incondicionalmente;
Orientar, motivar e influenciar;
Dar feedback, utilizando a cultura justa se aplicável;
Auxiliar na solução de problemas e dificuldades;
Os bons resultados são bônus da equipe, mas os maus resultados são ônus do supervisor.
Desenvolvimento da consciência e responsabilidade nos colaboradores
Desenvolver a consciência é algo que se adquire com o tempo. Para isso, utilizamos nossos cinco sentidos para alimentar essa consciência. Um exemplo disso é quando começamos a aprender a atravessar uma rua. Quando pequenos, costumamos estar de mão dadas com alguém durante a travessia. Gradualmente, utilizamos nossos sensores (olhando e ouvindo o movimento dos carros) para “calibrar” o procedimento correto e seguro para se atravessar uma rua.
Ou seja, não basta ver e ouvir, mas compreender os sistemas, as interações e a dinâmica entre as coisas e pessoas. Nesse sentido, o supervisor deve gerar um ambiente em que os seus subordinados aumentem suas capacidades sensoriais e capturem todas as interações “homem x meio x máquina”, de modo a identificar os riscos na operação, elevando assim sua consciência e alerta situacional. Consequentemente aumentando a segurança operacional.
Como fazer com que sua equipe aumente a capacidade sensorial
Promova um ambiente participativo e incentive os colaboradores a serem questionadores ao realizar as atividades, pois respostas auto geradas são mais abundantes do que as informações recebidas prontas. Para ilustrar, podemos utilizar um exemplo da aviação:
De que forma aumentar estas acuidades?
Para as duas situações ao lado, podemos realizar os seguintes questionamentos:
Qual é o modelo da aeronave?
Fui treinado no modelo?
Já realizei este serviço antes?
Conheço todas as ferramentas a serem utilizadas?
Conheço todos os riscos?
Com relação a adquirir responsabilidade, infelizmente a maioria das pessoas aprende o que é certo depois que algo deu errado. Aprendem na “DOR”. Fazem uma aposta sobre o risco que estão correndo. Nesse contexto, os supervisores devem ficar atentos ao não cumprimento de procedimentos, orientando e treinando sobre os desvios.
O supervisor também deve gerar um ambiente contrário à complacência, onde todos se vigiam, cuidando uns dos outros, de forma a manter um local livre de acidentes. O supervisor deve também deixar claro as responsabilidades de cada um no exercício de suas atividades e as possíveis consequências quando algo der errado.
A presença dos supervisores na área de trabalho
É extremamente recomendável que os supervisores destinem parte do seu tempo não só para acompanhar, mas também participar das rotinas de trabalho da equipe. Tal atitude tem se mostrado muito eficaz na prevenção de acidentes de trabalho e também na otimização da produção.
É muito importante saber quem são os colaboradores, o que os motiva ou desmotiva. Saber como eles estão, como estão seus filhos ou como está a saúde de cada um. Se a equipe perceber que o supervisor se preocupa mais com eles que com a carga horária, eles farão o que for necessário para desenvolver um bom trabalho.
Um bom líder deve estar sempre procurando novas formas de desafiar a equipe e a si mesmo. Mas isso não significa sobrecarregar a equipe ou assumir responsabilidades demais, mas, sim, sair da zona de conforto.
A Importância da comunicação no processo de gestão
Comunicar-se de forma eficaz é fundamental para uma boa liderança. O gestor deve comunicar suas expectativas com clareza, seja para explicar um projeto ou para falar sobre as políticas da empresa.
A boa comunicação envolve saber ouvir além de falar. Portanto, deve-se estar aberto a ouvir qualquer sugestão da equipe. Quando o supervisor dá atenção aos funcionários, eles se sentem respeitados e tornam-se mais dispostos a seguir suas orientações. Ordens estritas e a falta de escuta podem acabar com a motivação e o compromisso da equipe.
É extremamente válida a realização de reuniões regulares com os colaboradores para que se possa abordar projetos em andamento, ouvir queixas e realizações, discutir os sucessos da equipe e pensar em solução para novos problemas.
A figura abaixo (Richard Witheley), apresenta, em percentuais, o quanto cada nível dentro de uma organização conhece dos problemas.
O GERENTE MINUTO: Como tomar decisões rápidas
Para ser um gerente – minuto devem-se levar em conta três aspectos:
1°: Objetivo minuto | 2°: Elogio minuto| 3°: Repreensão minuto.
No primeiro caso, o gerente deve orientar seus gerenciados a escreverem, em uma folha de papel, os objetivos comuns a serem alcançados.
Por sua vez, o elogio minuto é de extrema importância, pois, para que uma empresa prospere, é necessário que os colaboradores recebam o devido reconhecimento pelo desempenho.
O terceiro fator consiste na atitude do gerente em relação aos colaboradores quando ocorre algo de errado. O colaborador deve ser informado que será avisado quando tiver desempenhando mal suas tarefas e, em seguida, o gerente já deve dar a repreensão minuto falando com clareza à pessoa, sem desvalorizá-la, mas sim a incentivando a melhorar em suas atividades.
Também é importante que o gerente fique em silêncio durante um pequeno período de tempo para que o colaborador perceba a importância de que o mesmo erro não volte a ocorrer.
Fonte: www.pilotopolicial.com.br
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