O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Seripa-3), com base no Rio, informou que o monomotor que
desapareceu logo após deixar o Aeroporto de Jacarepaguá em direção a São
Paulo, na noite da terça-feira, caiu no mar. O serviço - subordinado ao
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa),
com sede em Brasília - ainda aguarda a localização dos destroços para
intensificar as apurações sobre as causas do acidente. As buscas pelo
avião de pequeno porte modelo PA-16 foram suspensas no início desta
noite. De acordo com informações da assessoria de comunicação da Força
Aérea Brasileira (FAB), as buscas pela aeronave de pequeno porte, modelo
PA-46, serão reiniciadas no início da manhã da quinta-feira.
O
major-aviador Silvestre, integrante do Seripa-3, informou que nesta
quarta-feira as buscas foram feitas cerca de uma milha náutica, tomando
como ponto de referência o Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio. Apesar de
Silvestre já ter admitido que o avião possa ter caído no mar do Rio, as
buscas se intensificaram desde a Restinga de Marambaia, na Barra da
Tijuca, até Paraty, no Sul do Estado do Rio. Segundo informações da FAB,
o avião perdeu o contato com a torre de controle de voo assim que
decolou do Aeroporto de Jacarepaguá. E ainda é apurado se o monomotor
fez um pouso de emergência em algum lugar. O major disse que as buscas
estão sendo coordenadas pelo Salvaero do Departamento de Controle de
Espaço Aéreo (Decea).
No avião estavam duas pessoas. De acordo com
informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o piloto
comercial está identificado como Fernando Rubinho Lopes, de 36 anos. No
plano de voo ele lista como passageiro Francisco Fernandes. Segundo a
Anac, a aeronave estava com todas as revisões em dia, assim como a
documentação do piloto.
O monomotor, que tinha capacidade para
seis pessoas mais a tripulação, decolou por volta das 19h30m da
terça-feira com duas pessoas a bordo, mas não chegou ao Aeroporto Campo
de Marte, para onde seguia. Segundo a Capitania dos Portos, o avião
teria desaparecido quando passava pela Restinga da Marambaia.
De
acordo com a Marinha, desde as 7h desta quarta-feira eram realizadas
buscas no litoral fluminense, no trecho entre a Barra da Tijuca e
Paraty. Participaram da operação o navio patrulha Gurupi com o apoio de
equipes da agência em Paraty e das delegacias em Angra dos Reis e
Itacuruçá. Um helicóptero da FAB também deu apoio às buscas.
No
último dia 24 de julho, outro avião
de pequeno porte caiu no mar, na altura da praia do Recreio dos
Bandeirantes. Segundo a assessoria de comunicação da Infraero, o
acidente ocorreu minutos após a aeronave decolar do Aeroporto de
Jacarepaguá. Três pessoas estavam no avião e foram resgatadas sem
ferimentos. O episódio aconteceu por voltas das 14h30m, na altura do
Posto 8, no Recreio dos Bandeirantes.
A aeronave pertencia à empresa
Lasa Engenharia e Prospecção. Os três tripulantes, identificados com
José Marcelo, André e Carlos Alberto, foram resgatados por uma equipe do
2º Grupamento Marítimo dos Bombeiros (Barra da Tijuca), que voltava de
helicóptero de uma operação em Guaratiba. Segundo os bombeiros, após
serem salvos os tripulantes do avião foram levados até a Praia da
Reserva, de onde seguiram para o hangar da empresa Lasa.
Duas
semanas antes, dia 12 de julho, um
bimotor com três pessoas a bordo caiu, por volta das 17h30m, próximo à
Ilha de Cataguases, em Angra dos Reis, a 500 metros do continente.
Três pessoas morreram na queda: o piloto Antônio Fernandes Neto, o
copiloto Hernani Gomes e o empresário mineiro Clemente de Farias, de 62
anos, dono do avião.
A operação de resgate durou cerca de cinco horas.
Clemente Faria chegou a ser cremado, em Contagem, na Grande Belo
Horizonte. Um dos mais bem-sucedidos de Minas, ele tinha participação
acionária em cerca de 20 companhias, entre elas, a Minas Máquinas,
revendedora de caminhões, máquinas e automóveis Mercedes-Benz.
Fonte: G1
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