domingo, 29 de setembro de 2013

Irã apresenta novos mísseis ar-superfície


O ministro da Defesa do Irã, brigadeiro Hossein Dehghan, revelou a existência de dois novos mísseis produzidos localmente, o Qader e o Nasr.

O Qader é um míssil de cruzeiro de alcance mediano que pode atingir alvos até 200 km e o Nasr é um míssil de cruzeiro de curto alcance que pode destruir alvos distante até 35km. Segundo a imprensa do país, ambos os mísseis foram ensaiados com sucesso e serão empregados em exercícios futuros.

Fonte: PoderAereo

sábado, 28 de setembro de 2013

Avianca prevê aumentar em 30% o número de assentos em 2014


A Avianca Brasil pretende aumentar em 30 por cento sua oferta de assentos em 2014 em relação a este ano, disse nesta quinta-feira à Reuters o vice-presidente Comercial e de Marketing da empresa, Tarcício Gargioni.

Segundo o executivo, o aumento do número de assentos virá da substituição de aviões Fokker 100, com capacidade para 100 passageiros, para aviões com capacidades até 60 por cento maiores, da Airbus.

Segundo o executivo, o crescimento é sustentável, pois a companhia segue com elevado índice de ocupação dos assentos. "Temos o maior índice de ocupação da indústria, uma média acima de 81 por cento", disse.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Avianca foi o destaque positivo do setor em julho, com crescimento de 47,24 por cento na demanda por assentos, num mês em que o setor como um todo teve queda de 1,71 por cento ante igual período de 2012.

O movimento de expansão da Avianca ocorre em um cenário em que as líderes do mercado doméstico, a TAM, da Latam, e a Gol, estão reduzindo as ofertas de voos.

Gargioni disse que no ano que vem a Avianca desativará todos os Fokker 100 de sua frota doméstica no Brasil, que estão sendo trocados por modelos maiores da Airbus, como o A318 e o A320.

Atualmente a empresa possui 12 Fokker 100 e deve desativar quatro deles até dezembro, enquanto sete Airbus serão incorporados à frota, dos quais quatro já foram recebidos.

Assim, a perspectiva é que a Avianca Brasil tenha no fim de 2013 uma frota de 27 aviões da Airbus.

A ideia é, em 2014, desativar os 8 Fokker restantes. "A gente planeja desativar todos os Fokker, mas não definimos quantos Airbus vamos trazer", disse.

Segundo o executivo da Avianca, a substituição das aeronaves e a expansão da oferta de assentos estão dentro do pacote de 2,7 bilhões de reais em investimentos previstos pela companhia para o período 2010-15.
 

RS reduz ICMS para incentivar aviação regional

O Rio Grande do Sul reduziu a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do querosene de aviação, cuja alíquota passará de 17% para 12%, para companhias que operam com aeronaves de até 120 assentos e que tenham como destino cidades do interior do Estado. Segundo a assessoria de comunicação do governo, a medida pretende estimular a aviação regional e é válida a partir desta sexta-feira, 27.

Dentre as principais companhias aéreas brasileiras, a medida beneficiará particularmente a Azul, que utiliza aeronaves de até 118 assentos e opera voos para Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas. A companhia deve iniciar uma rota para Santa Maria no mês que vem.

O querosene representa cerca de 43% do custo da operação das aéreas e a redução do ICMS sobre o combustível pode permitir a ampliação das atividades das empresas no Estado. A compensação pelo benefício deve vir pela maior quantidade de impostos diante do aumento de consumo e do incremento de passageiros nos voos locais.

O corte no ICMS foi determinado mediante o compromisso das empresas de aumentar o número de cidades e de linhas, explicou em nota o secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier.

O benefício será concedido por meio de cotas de 1,6 milhão de litros por mês para cada empresa. Também será garantido acréscimo de 420 mil litros a cada companhia por rota adicional.

O Rio Grande do Sul é o segundo a anunciar desoneração do combustível para aviação nos últimos meses. Em abril, o governo do Distrito Federal determinou uma redução da alíquota do ICMS de 25% para 12% para o querosene de aviação.

A redução do ICMS sobre o combustível é um dos principais pleitos do setor. O imposto varia de 4% a 25%, dependendo do Estado, e as empresas defendem o nivelamento do imposto. A questão, porém, passa pelos governos estaduais, de modo que um desdobramento com medidas práticas depende de articulações com diversos ministérios e outras esferas do Executivo.

Fonte: Exame.com

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PERIGO NOS CÉUS

O desrespeito às normas técnicas da aviação tem levado a um grande aumento no número de acidentes aéreos no Brasil. Nos últimos oito anos, foram registrados 952 acidentes, com 846 mortos. De 2006, quando ocorreram 70 acidentes, para o ano passado, com o registro de 181 acidentes, o aumento foi de 158%. Somente nos sete primeiros meses deste ano, já aconteceram 103 acidentes com 42 mortos. O registro oficial é de um acidente aéreo a cada dois dias no país. O número de aviões, incluindo helicópteros e jatinhos particulares, aumentou no período 31,17% (de 10.646 aeronaves em 2006 para 13.965 em 2012), tornando o Brasil detentor da segunda maior frota mundial, somente atrás dos Estados Unidos, o que torna o setor também mais exposto a desastres.

Segundo o comandante do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, o grande aumento no número de acidentes acontece no segmento de aviões particulares e jatinhos das empresas de táxis aéreos, pois, no setor da aviação comercial com as empresas de grande porte, o Brasil registra número de acidentes abaixo do que ocorre no primeiro mundo. Para cada milhão de decolagens, o Brasil sofre 1,9 acidente, enquanto nos países desenvolvidos a média é de 3,2 acidentes por um milhão de decolagens.

As grandes empresas brasileiras, como Gol e TAM, não sofrem acidentes há seis anos. O último grande acidente da Gol foi em 2006, quando uma aeronave chocou-se com o jatinho Legacy no Mato Grosso, matando 154 pessoas. Com a TAM, o último acidente aconteceu em 2007, quando um avião saiu da pista em Congonhas, matando 199 pessoas. De lá para cá, são os jatinhos e helicópteros que engrossam as estatísticas de acidentes e mortes.

O aumento no número de acidentes na aviação brasileira foi divulgado em seminário promovido pelo Cenipa este ano em São Paulo. Segundo o brigadeiro Lourenço, do Cenipa — o órgão do Ministério da Aeronáutica que investiga causas de acidentes aéreos e emite as normas de prevenção aos acidentes —, em torno de 35% dos desastres dos últimos anos foram provocados pela “violação das leis e normas da aviação”.

— Não somente o Cenipa, mas todos que estão ligados à aviação têm que trabalhar ainda mais para que os acidentes diminuam — disse Lourenço no congresso; nele, os técnicos concluíram que o “fator humano” (erro de pilotos, das companhias aéreas ou dos órgãos oficiais que controlam a aviação) está presente em 90% dos acidentes.

Mas a Associação Brasileira de Táxis Aéreos (Abtaer) se defende e diz que já havia alertado o governo de que o número de acidentes aumentaria, em função da ineficiência de vários órgãos e da falta de fiscalização no setor num período em que o número de passageiros transportados subiu vertiginosamente. O comandante Milton Arantes Costa, presidente da Abtaer, diz que já havia identificado a tendência de aumento no número de acidentes em função do grande aumento na frota de aeronaves, em contraponto à queda na infraestrutura do setor e à insegurança nos aeroportos:

— Há três anos, procuramos o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, para relatar que o aumento nos acidentes poderia ocorrer pela ineficiência de alguns órgãos públicos, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), além da flagrante falta de fiscalização. Até porque, falta cultura de treinamento para as grandes empresas de linhas comerciais.

De acordo com o presidente da Abtaer, o aumento no número de acidentes com jatinhos de empresários tem engrossado as estatísticas:

— O empresário usa o avião particular mas para reduzir os custos de manutenção, acaba alugando o jatinho como táxi aéreo, muitas vezes sem seguir as normas da aviação comercial, o que provoca acidentes e mortes.

O comandante do Cenipa entende que os usuários da aviação de pequeno porte não devem se alarmar:

— Essa elevação no número de acidentes aconteceu em 2011 e 2012, muito por conta do aumento das horas voadas no Brasil, que cresceu em 15%. Como 90% dos desastres foram por falha humana, se pilotos e empresas cumprissem as normas da avião e as regras da Aeronáutica, poderíamos diminuir muito esse índice.

Segundo Roberto Peterka, perito em aviação civil, o número de acidentes com jatinhos tem aumentando por conta da falta de fiscalização dos voos:

— Desde a criação da Anac, houve um vácuo na prevenção e fiscalização às empresas de táxi aéreo, que sempre foram da alçada do Cenipa.

A presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, Sandra Assali, aponta a falta de estrutura nos aeroportos:

Homenagem em Brasília lembrará os 7 anos do acidente do Voo 1907 da Gol

O aniversário de sete anos de um dos acidentes mais marcantes da história da aviação brasileira está se aproximando. No dia 29 de setembro, a tragédia causada pelo jato Legacy pilotado pelos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que matou 154 pessoas do Voo 1907 da Gol, completará sete anos. Sete longos anos de muita luta para não deixar o caso cair no esquecimento e nem prescrever deixando os culpados sem punição.

Este ano, para lembrar as vítimas, a Associação dos Familiares e Amigos do Voo 1907 estará reunida no domingo, dia 29 setembro, na Igreja Rainha da Paz, em Brasília (DF). Na ocasião, às 10h, haverá uma missa em homenagem às 154 vítimas. A Associação também fará a doação de alimentos não perecíveis, além de material de higiene e escolar que serão entregues ao final da missa para o Lar Casa de Ismael de Brasília. Os fiéis que forem à missa também podem ajudar levando alimentos para aumentar a arrecadação. O kit de material escolar será entregue por Arno Gutjahr, irmão da vítima Rolf Gutjahr e diretor de marketing da recém-inaugurada Ceterg - Escola de Educação Profissional Rolf Gutjahr, em Porto Alegre (RS). Em alguns kits, a filha de Rolf fez questão de colocar materiais escolares dela mesma, transformando a dor dos familiares em uma atitude positiva a quem precisa.

Relembre o caso - o processo criminal será remetido agora ao STJ, que julgará se o recurso é cabível ou não. Em seguida, o processo será remetido ao STF para análise. “Para nós familiares, esses recursos apresentados pelos pilotos só prolongam nossa dor. Sete anos após a tragédia ainda esperamos para ver o trânsito em julgado e podermos descansar com a condenação dos pilotos. Nosso prazo é muito curto, já que o caso prescreverá em fevereiro de 2016. Sabemos que a defesa dos pilotos está trabalhando para a prescrição e não mais pela absolvição, já que as provas da morte de 154 vítimas do voo da Gol são contrárias a eles”, afirma Rosane Gutjahr, diretora da Associação dos Familiares e Amigos do Voo 1907.

A Associação espera com ansiedade a marcação da data da audiência que julgará em última instância os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. No dia 15 de outubro de 2012, os desembargadores federais Tourinho Neto, Cândido Ribeiro e Mônica Sifuentes, integrantes da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF), julgaram os recursos propostos pelo Ministério Público Federal e pela Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. A decisão modificou a sentença de primeira instância, quando em 2011 os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino tinham sido condenados a quatro anos e quatro meses de prisão, com substituição de pena por serviços comunitários.

Com a nova decisão, para a qual coube recurso ainda sem data marcada para ser julgado no Superior Tribunal de Justiça, os pilotos que continuam trabalhando nos Estados Unidos, foram condenados a três anos e um mês de detenção, em regime aberto, ou seja, deverão dormir em local previamente estabelecido pela Justiça e se apresentar periodicamente em um tribunal nos Estados Unidos, onde irão cumprir a pena.

Mesmo com a decepção da demora do caso, os familiares têm esperança em conseguir a punição dos culpados pela morte de tantas vítimas. Entretanto, um fato causa insegurança às famílias: em telegramas revelados pelo Wikileaks (fonte: Folha de São Paulo), o então embaixador norte-americano Clifford Sobel declarou que o advogado de defesa dos pilotos, Theodomiro Dias, disse que na segunda instância eles tinham certeza que ganhariam, pois contavam com a influência do seu pai, José Carlos Dias, que é ex-Ministro da Justiça. “Mesmo com essa declaração que, depois de anos, não sai do meu pensamento, eu ainda acredito na nossa justiça e que vamos conseguir ter novamente a dignidade de nossos familiares. É uma questão de honra não apenas para nós, amigos e parentes das vítimas do acidente, mas uma questão de honra para o Brasil perante os Estados Unidos e o mundo”, declara Rosane.

Pelo processo administrativo, os pilotos foram autuados pela ANAC e Decea por três motivos: voaram em espaço aéreo de separação vertical reduzida (RVSM) sem autorização e levantaram voo com equipamento TCAS II desligado e depois desligaram o transponder, impedindo assim que o avião da Gol percebesse que o jato estava na rota errada e causaria a colisão. Nesse caso, a Associação está lutando e pedindo ajuda do governo brasileiro para interceder junto aos Estados Unidos para que estes cassem os brevês dos pilotos norte-americanos, já que a FAA recusa-se a cumprir o acordo bilateral 21.713, art.12, com o Brasil. E, mesmo há 7 anos do acidente, os pilotos continuam voando pela American Airlines e Excel Aire. Foram emitidas sanções para a Excel Air e para o comandante da aeronave. Mas quando a Anac notificou a FAA, a agência norte-americana disse que não há base para abertura do processo nos Estados Unidos, recusando-se a cassar as licenças dos pilotos.

Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907

A Associação foi fundada em 18 de novembro de 2006, pouco depois da tragédia, na cidade de Brasília, no Distrito Federal, com o objetivo de reunir e organizar os familiares e amigos das vítimas do acidente aéreo voo 1907, da empresa Gol Linhas Aéreas Inteligentes S/A, para lutar pela defesa de todos os direitos e interesses dos que sofreram e sofrem com a morte de entes queridos. A Associação busca a justiça em todas as esferas administrativas e judiciais (cível e criminal), para que os culpados pelo acidente sejam responsabilizados. É possível manifestar apoio seguindo o microblog Twitter no endereço @rosanegutjahr e também no Facebook em www.facebook.com/rosane.prgkeb?ref=ts. Mais informações pelo site http://www.associacaovoo1907.com/?l=que, onde também é possível aderir ao abaixo-assinado.

Sobre a Igreja Localizada no Eixo Monumental Oeste, próximo ao Setor Militar Urbano, a Catedral Rainha da Paz pertence ao Ordinário Militar do Brasil. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o lugar possui o formato original de uma barraca de campanha, construída a partir da estrutura do palco montado por ocasião da Segunda visita do Papa João Paulo II, em outubro de 1991. Desde a fundação, todos os meses, dia 25, há uma programação especial.

Homenagem aos 7 anos do Acidente do Voo 1907 da Gol

Quando: 29 de setembro, domingo, às 10h – Missa seguida da doação para o Lar Casa de Ismael de Brasília

(a população está convidada a levar um quilo de alimento ou lata de leite em pó) Local: Igreja Rainha da Paz em Brasília (DF). Está localizada no início do Eixo Monumental de Brasília, próximo ao Setor Militar Urbano (SMU).


Fonte: Publicado Por Marcello Borges (InfoAviação)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Maior avião da PF está proibido de voar por falta de autorização da Anac

O maior avião da Polícia Federal (PF), utilizado para transporte de agentes em grandes operações, está proibido de voar desde o início de maio deste ano. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu o certificado de aeronavegabilidade, documento obrigatório para a decolagem. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) da aeronave expirou em 2 de maio. Sem autorização da agência reguladora, o avião permanece parado no hangar da PF em Brasília. E não há, por enquanto, previsão de voltar a ser usado novamente em missões da PF.

O jornal Correio Braziliense apurou que o EMB-145ER, fabricado pela brasileira Embraer, com capacidade para transportar 50 passageiros, está parado desde dezembro do ano passado. É possível observar que uma parte pequena da fuselagem está danificada. Outro avião do mesmo modelo, utilizado pela Força Nacional na transferência de presos para os presídios federais, adquirido em 2009, também estava com a autorização suspensa desde junho deste ano. No entanto, na sexta-feira à tarde, a situação foi regularizada.

Fonte: Diário de Pernambuco

Helibras promove Jornada de Segurança Operacional

Mais do que investir em tecnologia para a produção de helicópteros, a Helibras também se preocupa em conscientizar os pilotos para um voo seguro. Para isso, além de realizar treinamentos internos, a empresa organiza a "Jornada de Segurança Operacional", destinada a pequenos operadores e pilotos de asas rotativas. O evento acontecerá nos dias 24 e 25 de setembro, das 18h às 22h, na Universidade Anhembi Morumbi, campus Vila Olímpia (SP).

No primeiro dia, o gerente de Qualidade Corporativa da Helibras, Francisco Bonnani, falará sobre a garantia de qualidade em manutenção de helicópteros. Temas como treinamentos de emergência, filosofia SIPAER (Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e gestão de riscos para pequenos operadores também serão abordados por especialistas convidados, durante o primeiro dia.

Na quarta-feira, o vice-presidente para a segurança de voo da Eurocopter, Jean-Marc Pouradier, abre o evento com o tema "A influência da baixa customização do helicóptero nos riscos à segurança de voo". Após a discussão do assunto, os participantes assistirão a uma palestra voltada para a responsabilidade civil e visão jurídica sobre "Relatórios Finais de Investigação".

Ainda durante o segundo dia, haverá uma apresentação sobre "Altitude e densidade, um fator invisível para performance do helicóptero", ministrada pelo Instrutor do Centro de Treinamento da Helibras, Silvio Frank.

Para finalizar o evento, o público também participará do treinamento "A arte de pilotar, preparação para o voo e práticas de pilotagem", que será apresentado pelos instrutores mais experientes da Helibras/Eurocopter.

"A Jornada de Segurança Operacional é uma boa oportunidade para os pilotos e operadores se atualizarem em todos os quesitos de um voo seguro. O evento demonstra o engajamento da Helibras em incentivar a capacitação de operadores para prevenir acidentes", afirma Antonio Modesto, gerente de Segurança Operacional da Helibras e idealizador do evento.

Para a realização da Jornada, a Helibras conta com o apoio da Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (ABRAPHE), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) do International Helicopter Safety Team (IHST) Brasil, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), além da Universidade Anhembi Morumbi, que cedeu o espaço para as palestras.

sábado, 21 de setembro de 2013

Embraer quer cargueiro a jato KC-390 competindo com maiores do mundo


Por décadas a fabricante brasileira de aeronaves Embraer manteve sua cabeça baixa, longe de aviões maiores e da competição com gigantes da indústria que seus executivos chamavam de "cachorros grandes". Um avião cargueiro militar descendo a pista está prestes a mudar isso. Em um desafio direto para o avião cargueiro Hércules, da Lockheed Martin, a Embraer promete um jato que voa mais alto, mais cheio e mais rápido - a um preço menor.

O movimento ousado é parte da campanha do Brasil por credibilidade como um competidor importante no cenário mundial. Após anos focando em equipamentos militares de segunda-mão, o país está fortalecendo sua indústria de defesa nacional e visando as exportações em um momento de encolhimento do mercado global.

Se o KC-390 da Embraer estiver voando até o fim do ano que vem como planejado, o Brasil irá ser bem sucedido em um segmento no qual os concorrentes tropeçam, ultrapassando programas lançados por Rússia, Índia e China na última década. Será o maior avião já feito na América Latina, com um corpo grande o suficiente para transportar um helicóptero Blackhawk.

"Não acredito que o Hércules alguma vez tenha enfrentado uma concorrência tão séria  - e é a aeronave mais antiga em produção", disse Richard Aboulafia, consultor de aviação do Teal Group.

A Embraer está apostando que pode não apenas alcançar o Hércules como superá-lo em várias frentes ao usar motores a jato em vez das robustas turboélices que alimentam a aeronave da Lockheed desde os anos 1950.

Ao perturbar o senso comum em transporte tático, a Embraer está colocando suas esperanças na mesma família de motores que alimentam o Airbus A320, e prometendo uma vantagem quando se trata de carga útil máxima, velocidade e altitude de cruzeiro. Mas a Lockheed argumenta que nada pode igualar a durabilidade das turboélices.

"Elas nos dão uma tremenda vantagem ao entrar na terra, em cascalho e em pistas de pouso despreparadas", disse Larry Gallogly, ex-piloto C130J para a Força Aérea dos EUA que agora trabalha para a Lockheed. "Se você vai para essas pistas de pouso com um motor a jato, esse motor pode ser destruído".

Executivos da Embraer, que está projetando o seu avião de carga para a Força Aérea Brasileira para pousar em pistas improvisadas da Amazônia à Antártida, dizem que o medo de motores de jato frágeis é baseado em suposições antigas que estão sendo derrubadas com este avião.

"Se você tivesse me perguntado isso há 30 anos, eu teria dito que um turboélice é melhor em terrenos acidentados. Hoje eu tenho certeza de que não é", disse Paulo Gastão, diretor do programa KC-390 da Embraer e ex-engenheiro de vôo da Força Aérea Brasileira.

Ainda assim, analistas dizem que essa será uma venda difícil para o punhado de países que implementam regularmente unidades de operações especiais em território hostil.

Ao optar por um motor que já voou 1 milhão de horas, a Embraer está evitando os riscos associados às últimas tecnologias de turboélices. Hélices enormes feitas de materiais compostos contribuíram para atrasos onerosos no avião de carga Airbus A400M, por exemplo. Mesmo assim, o afastamento das turboélices significa sacrificar a eficiência de combustível e autonomia --dois pontos em que o Hércules sairá ganhando.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Turbulências são principal causa de ferimentos em voos; cinto evita danos


Turbulências muito fortes durante voos não ocorrem com muita frequência, mas quando ocorrem podem causar estragos, como no caso do voo da Tam de Madri para São Paulo que deixou 12 feridos na madrugada de segunda-feira (2).

As turbulências são a maior causa de ferimentos em passageiros e na tripulação em acidentes aéreos não fatais, segundo autoridades como a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA, e a Autoridade Australiana de Aviação Civil. A cada ano, 58 pessoas, em média, ficam feridas nos Estados Unidos durante turbulências, por não usarem o cinto de segurança.

A maior parte das turbulências é leve, curta e não causa prejuízos. Elas ocorrem devido à movimentação do ar: as massas de ar quente (mais leves) sobem, enquanto as massas de ar frio (mais pesadas) descem. Esse deslocamento produz correntes de vento e, a depender da velocidade com que isso se dá, do calor e da pressão atmosférica, podem fazer o avião “chacoalhar”.

“É como em um carro. A situação ideal é dirigir em uma estrada lisinha. Mas se de repente vem um trecho cheio de buracos, o carro vai sofrer solavancos. No avião, esses movimentos de ar provocam as turbulências”, compara Hernan Dario Ceron Muñoz, professor do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos, da USP.

Isso não significa que a aeronave vá cair. “A aeronave está preparada para enfrentar as turbulências. Não ocorre comprometimento estrutural”, garante Ronaldo Jenkis, coordenador da Comissão de Segurança de Vôo da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).

Mas, caso os passageiros estejam despreparados (sem cinto de segurança), podem sofrer fraturas e outros ferimentos.

Em muitos casos, os pilotos, com a ajuda de radares meteorológicos, conseguem detectar a passagem por uma área de turbulência a tempo de avisar as pessoas a bordo. Mas nem sempre elas são previsíveis. “Se for uma nuvem de desenvolvimento vertical [do tipo que provoca temporais] muito grande, aparece no radar e é possível desviar do núcleo. Mas não dá pra saber a intensidade, e as periferias têm turbulências também”, diz Jenkins.

Por isso, a principal ação de segurança é estar com o cintos afivelado o máximo de tempo possível. “O grande problema é que os passageiros têm descaso com a orientação de uso do cinto”, diz Muñoz.  “Tirar o cinto, só para ir ao banheiro e voltar”, completa Jenkins.

Fonte: G1

Representantes da Infraero visitam São Cristóvão

 
Rivanda Batalha se reuniu na manhã desta terça-feira, 17, com o superintendente da Infraero, Maurício Bittencourt e a arquiteta da Infraero, Tereza Cristina Jardim, na sede da Prefeitura de São Cristóvão. O encontro pautado pelo Plano de Integração Urbano – idealizado pela Diretoria de Planejamento e Superintendência de Desenvolvimento Aeroportuário - contou com as presenças do assessor de Cultura, Robson Viana e da secretária de Infraestrutura, Olívia Chiriffe.
“Estamos aqui para falar a respeito do desenvolvimento do Aeroporto de Aracaju - Santa Maria e seu projeto de expansão que incide em São Cristóvão. Para que o projeto funcione é necessário que as cidades de Aracaju e São Cristóvão cumpram normas e padrões de proteção ao meio ambiente impostas pela legislação brasileira, em detrimento de possíveis impactos ambientais no futuro”, diz Tereza Cristina Jardim.
O objetivo da Infraero é de assegurar - através do processo de cooperação técnica com as prefeituras - o desenvolvimento de atividades de interesse comum e integrar os planejamentos do aeroporto aos do município, referentes à ocupação do solo no processo de implantação, operação e expansão do aeroporto. O superintendente Maurício Bittencourt falou sobre os cuidados que a empresa tem tomado com o projeto.
“Cumprimos todas as regras que protegem o meio ambiente. Esta é a melhor forma de prevenir impactos ambientais nas cidades em que a Infraero atua. Precisamos trabalhar em parceria com o município e, para isto, é preciso que o corpo técnico da Secretaria Municipal de Infraestrutura analise o projeto e se posicione. Assim que isso for feito encaminharemos um documento único para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)”, ressalta o superintendente.
Para a gestora Rivanda Batalha, realizar estudo do projeto e saber quais pontos de São Cristóvão serão atingidos com a expansão é imprescindível. “Estou tendo ciência sobre o assunto hoje e farei junto à secretária Olívia Chiriffe, visita técnica nas áreas em que as aeronaves passarão. Tudo será analisado de acordo com o Plano Diretor e licenciamento de construções em São Cristóvão, para que impactos relacionados aos ruídos das aeronaves e riscos de acidentes não afetem a população”.
Fonte: Direcom Prefeitura São Cristóvão

domingo, 15 de setembro de 2013

Infraero dá início às obras de revitalização do Aeroporto do Aracaju


A partir de 18 de outubro serão iniciadas as obras de revitalização e ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Santa Maria, Zona Sul da capital. Além da ampliação, será feito também o alargamento dos encostamentos.

Atualmente existe um acesso para pouso e decolagem no aeroporto, com a reforma serão dois. “Hoje é necessário aguardar um avião decolar para outro pousar. Com a obra ganhamos a possibilidade de agilidade o fluxo de vôos”, informa o superintendente da Infraero, Luiz Alberto Bittencourt que pretende favorecer a região em alternativas de decolagem no nordeste.

A obra está avaliada em R$64.260,00 e deve ser concluída em até 18 meses. O projeto entrou em discussão com o governo do estado em 2008. O projeto de engenharia foi construído em 2010 e foi liberado para execução este ano.

Com a reforma será criado um espaço para testes de motores para verificar o funcionamento antes da decolagem.

De acordo a Infraero, o aeroporto teve um crescimento no movimento de passageiros em mais de 100%. Em 2007, foram registradas 684.511 movimentações. Já no ano passado, houve um registro de cerca de 1.373.077 passageiros.

Fonte: G1/SE

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Governo promete proposta para aéreas em 15 dias


O governo apresentará em quinze dias uma proposta para auxiliar a recuperação do desempenho financeiro das empresas aéreas. Em reunião na Casa Civil da Presidência, autoridades federais discutiram na quinta-feira as propostas feitas pelas companhias. “"Ainda não temos. Vamos aprofundar as propostas. Em quinze dias, espero já ter definições"”, disse o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.

O encontro de quinta-feira teve a participação de autoridades dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, BNDES, Banco do Brasil e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O governo descarta uma ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às companhias áreas.

No Congresso, os parlamentares já trabalham em alterações para ajudar as empresas. A pedido do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o deputado Mário Negromonte (PP-BA) incluiu em seu relatório da Medida Provisória nº 617 a redução a zero da alíquota de PIS-Cofins sobre a receita de prestação de serviços dessas companhias. "“Já que estamos dando para as empresas de transporte urbano, vamos estender às aéreas e às aquaviárias"”, disse o deputado.

"“A deterioração das condições econômicas passou a ameaçar a competitividade das empresas e a viabilidade de metas. A possibilidade da inclusão do setor na desoneração de PIS/Confins torna a realização dessas metas mais uma vez factíveis"”, disse, em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em referência às metas de ampliação das operações traçadas para 2020.

Pedidos
As empresas querem, entre outros pontos, revisão da fórmula usada para os preços do querosene de aviação, desoneração tributária e equalização do ICMS em 4% nos estados. Questões trabalhistas, como a reformulação da jornada da tripulação, a participação do capital estrangeiro acima dos atuais 20% permitidos e a discussão da política de “céus abertos” também estão na pauta.

O governo debate uma forma de baratear o custo do querosene, cujo preço é balizado pela cotação do petróleo no Golfo do México. O combustível representaria até 43% dos custos operacionais. As empresas alegam que 75% da produção do derivado está no Brasil e, portanto, a fórmula é inadequada para cotar o combustível. Em 2013, o preço do querosene de aviação subiu 11,9% até início de setembro, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Em 2012, a variação somou 12,6%.

Fonte: Veja

TAM Cargo cria voo cargueiro direto entre Manaus e Recife


A TAM Cargo anunciou a sua segunda operação cargueira, que ligará a cidade de Manaus (AM) a Recife (PE). A rota será operada por uma aeronave modelo Boeing 767-300F, com capacidade para transporte de até 52 toneladas. A partir de Recife, as encomendas poderão seguir por várias linhas da empresa que conectam as principais capitais nordestinas, como Salvador, João Pessoa, Fortaleza, Aracaju, Maceió e Natal. A nova frequencia complementa a operação cargueira da empresa nesta rota, que ocorre aos sábados e realiza uma escala em Fortaleza (CE).
  Inicialmente, a operação ocorrerá todas as quintas-feiras, com saída de Recife às 9h20 e chegada prevista a Manaus às 12h30. No sentido inverso, o cargueiro partirá de Manaus às 14 horas, chegando a Recife às 19h.
  A TAM Cargo ainda oferece voos cargueiros na rota que liga São Paulo/Guarulhos a Manaus, de terças às sextas-feiras, com três voos diários, além de duas operações aos sábados, em um total de 14 frequências semanais. Outra rota cargueira presente entre os serviços da empresa conecta as cidades de São Paulo/Guarulhos a Belém (PA) e Belém a Manaus, com duas frequências semanais, as quartas e sextas-feiras.
  De acordo com Pablo Navarrete, diretor executivo da unidade de cargas do Grupo LATAM Airlines no Brasil, a empresa trabalha constantemente para melhorar os serviços oferecidos aos clientes e conquistar sua fidelidade, o que inclui investimentos em soluções especializadas para transportes de cargas pesadas e, ainda, serviços de transporte ponto a ponto com grande capilaridade.

Fonte: aviaoaircraft.blogspot.com

Aéreas querem obras só em intervalo entre voos

As companhias aéreas que usam o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, negociam com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que as intervenções na pista sejam feitas nas janelas (ou buracos, como são chamados os intervalos entre pousos e decolagens) entre voos internacionais. Em uma reunião em Brasília, na terça-feira, as empresas apresentaram uma contraproposta em relação ao plano inicial, já descartado, que estabelecia a redução do tamanho da pista em tempo integral por aproximadamente quatro meses. A ação, necessária para que seja feita a obra de ampliação da pista poderia acarretar na suspensão dos voos diretos para Miami (EUA), Lisboa (Portugal), Cidade do Panamá (Panamá) e Buenos Aires (Argentina).

O encontro, no entanto, ainda não selou um acordo entre as partes. A proposta em discussão é que as obras sejam feitas entre as 23h e as 6h ou as 6h30, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). É o horário em que o fluxo do terminal é menor e as condições de voos para as aeronaves mais pesadas são mais adequadas, devido às condições climáticas. Em pauta também está a possibilidade de ser feita alteração na ordem das intervenções. Com isso, a redução da pista não seria feita no período de maior fluxo do ano – Natal e ano-novo. Nova reunião deve ser feita até a semana que vem para que o martelo seja batido.

Iniciadas em fevereiro, as obras da pista serão concluídas em agosto do ano que vem. Serão acrescidos 600 metros aos 3 mil existentes. O pátio de aeronaves também será ampliado, dos atuais 113 mil metros quadrados para 369 mil metros quadrados (com previsão de terminar em abril do ano que vem). Mas, para isso, a Infraero diz ser necessário interditar uma parte da pista. Até julho, 11,57% das intervenções tinham sido realizadas.

Enquanto isso, as obras de melhoria no terminal de passageiros mantêm ritmo lento. O início da reforma completa dois anos este mês e até agora somente 27,73% do orçamento foi executado, o que dificulta a conclusão dentro do prazo (abril do ano que vem). A Infraero já instalou três novas pontes de embarque e dois elevadores e entregou as obras de acesso viário e de estacionamento. Em contrapartida, as obras nas vias de acesso ao aeroporto se encontram em ritmo acelerado.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Passageiros criticam estrutura e falta de comunicação após turbulência

Os passageiros do voo JJ 8065, da TAM, que passou por turbulência na madrugada desta segunda-feira (2) quando vinha de Madri, na Espanha, para São Paulo, desembarcaram por volta das 18h15 no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Na chegada, os passageiros reclamaram da falta de equipamentos de primeiros socorros na aeronave e da demora da tripulação em explicar o que aconteceu.

De acordo com companhia aérea, ao menos 15 pessoas ficaram feridas no incidente, sendo 12 passageiros e três tripulantes. A aeronave precisou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Fortaleza, no Ceará, durante a madrugada. Depois do atendimento aos feridos, a TAM informou que o voo partiu por volta das 14h30 trazendo 121 passageiros e 16 tripulantes a São Paulo. Em nota, a companhia "lamentou o corrido" e disse que dará apoio aos passageiros e funcionários (leia a íntegra abaixo). Procurada, a TAM não havia se pronunciado até as 19h50 sobre as reclamações dos passageiros.

Na chegada a São Paulo, os passageiros demonstravam alívio e fizeram muitas reclamações. O bombeiro Renan de Oliveira, de 21 anos, disse que precisou improvisar com cobertores, mantas, toalhas e travesseiros para fazer um colete cervical e tipoias, equipamentos de primeiros socorros que, segundo ele, não estavam disponíveis.

Renan estava dormindo quando o avião entrou na turbulência. Ele afirmou que, quando percebeu, estava no ar. “Quando acordei, estava entre o teto e o chão”, disse. Após o susto, a tripulação questionou se havia médicos entre os passageiros para ajudar no atendimento das vítimas.

O bombeiro, então, se ofereceu para prestar os primeiros atendimentos. “Tivemos de fazer um colete cervical em uma das passageiras com uma coberta, porque não tinha na aeronave. Também improvisamos para fazer tipoias”, contou.

O contador Vagner Moreira, por sua vez, disse que o comandante demorou cerca de 40 minutos para dar uma explicação sobre o ocorrido. “Achei isso um absurdo, porque não sabíamos o que estava acontecendo, não sabíamos se iríamos sobreviver ou não”, disse. Ele e a esposa estavam com o cinto de segurança quando a aeronave sofreu a turbulência.  Mesmo assim, a mulher dele ficou com marcas arroxeadas na região da cintura.

"Parecia que tinha caído em uma vala. Quando olhei, tinha gente grudada no teto. Ouvi uma aeromoça dizer que tinha passageiro com fratura exposta", relatou. No momento do incidente, o contador temeu pelo pior: "Disse para a minha mulher: 'Já era.'"

O advogado Ricardo Ramires, mesmo seguro pelo cinto, chegou a bater a cabeça no banco da frente. No momento, as luzes dentro da aeronave estavam apagadas e muitos dormiam. “Foi tudo muito rápido. Caiu de forma abrupta. Não houve aviso algum, não acendeu luz nenhuma. Depois, foi muita gritaria, muito pânico”, afirmou.

O cozinheiro paraguaio Claudio Leiva sofreu uma escoriação no tornozelo direito no incidente. Apesar do machucado, a lembrança do episódio era o que mais o aterrorizava. “A cena não sai da minha cabeça. Não estava de cinto. Subi de repente e cai com tudo, batendo o tornozelo. Foi um pânico total”, disse.

A advogada Karla Casanova foi sucinta ao descrever a cena: “Foi assustador.” No momento, ela estava sem cinto, mas o marido evitou o pior: “Foi ele quem me segurou”.

Feridos
Duas passageiras do voo estão com fraturas, uma delas na coluna e a outra, na clavícula, segundo informou o chefe de equipe do Instituto Dr. José Frota (IJF), Fernando Delgado. A colombiana de 32 anos e a peruana de 52 anos continuam internadas em Fortaleza.

De acordo com o IJF, além da fratura na coluna, a colombiana está com uma luxação no cotovelo. Já a peruana está com uma fratura na clavícula. As duas passageiras foram transferidas no fim da tarde para o Hospital São Carlos, no Bairro Dionísio Torres.

Confira a nota da TAM na íntegra:

"São Paulo, 2 de setembro de 2013 - A TAM informa que permanecem internadas em Fortaleza (CE) duas das 15 pessoas (12 passageiros e 3 tripulantes) que ficaram feridas quando a aeronave que fazia o voo JJ8065 (Madri - São Paulo/Guarulhos) passou por turbulência por volta da 0h20 desta segunda-feira. Segundo o hospital, as duas passarão por exames complementares. Em respeito à sua privacidade, a TAM não informará nomes.

As causas do ocorrido estão sendo apuradas. A aeronave, um Airbus A330, foi entregue pela fabricante à TAM em outubro de 2005. Como toda a frota da companhia em operação - uma das mais jovens do mundo -, está em perfeitas condições de voo, cumprindo todos os requisitos de segurança.

O voo vindo de Madri pousou em segurança à 1h36 (hora local) no aeroporto da capital cearense, onde todos desembarcaram. Os passageiros que necessitavam assistência foram encaminhados para atendimento médico, e 13 deles liberados em seguida.

Parte dos passageiros tinha Fortaleza como destino final e permaneceu na cidade. Outros foram reacomodados ainda de manhã em voos da companhia e seguiram para seus locais de destino. Os demais - 121 passageiros - chegaram a São Paulo em outra aeronave, no voo JJ 9362, que pousou no aeroporto de Guarulhos às 17h33.

A companhia lamenta o ocorrido e reitera seu apoio aos seus passageiros e funcionários."

Fonte: G1