A Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou que vai demitir até 3,8
mil servidores dos cinco aeroportos que integram o programa de
concessões do governo – Guarulhos, Viracopos, Brasília, Confins e
Galeão. O número representa 28,15% do universo de servidores do órgão e a
medida, segundo a empresa, faz parte do conjunto de ações do Plano de
Demissão Voluntária (PDV) em função do programa e da consequente redução
da participação da Infraero na administração dos terminais.
De acordo com a empresa,
à medida que as privatizações avançarem, será necessário reduzir o
quadro de funcionários. Em alguns casos, eles poderão ser remanejados,
desde que aceitem mudar o local de trabalho. Uma alternativa sugerida
pela Infraero é a antecipação da aposentadoria para aqueles que estão,
no máximo, a cinco anos de receber o benefício.
O ministro-chefe da
Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, afirmou ontem que "é um
sacrifício" para o país cumprir participação de 49% da Infraero nos
consórcios administradores dos aeroportos. "É um modelo que o governo
adotou e ele tem ônus, tem peso para o governo. A Infraero não é uma
empresa capitalizada e o Tesouro é quem cobre isso", afirmou.
Sobre o aumento das
passagens aéreas, disse que o Brasil abandonou há muito tempo o controle
de preços. "Não há interesse nem vontade do governo de controlar o
preço, mas não haverá abusos." A afirmação veio rebater a informação de
que, faltando oito meses para a Copa do Mundo, o preço de passagens
aéreas durante a competição já está 10 vezes mais alto do que em um dia
normal. "Se montou um comitê formado pelo Ministério da Justiça, que
participa dos Procons, Polícia Federal, Cade, Ministério do Turismo,
AGU, SAC, Casa Civil, Fazenda, para que se faça não só o acompanhamento
das tarifas, mas também da qualidade do serviço."
Moreira Franco afirmou
ainda que não haverá problemas nos aeroportos durante a Copa do Mundo.
"O que me preocupa é o desafio para atender o dia a dia." Sobre as novas
concessões, previstas para novembro, Moreira Franco falou da
importância de operadores experientes. "Há necessidade de ter operadores
de aeroportos com muita experiência porque as projeções dos nossos
aeroportos nos levam, para o prazo da concessão, quase que a
quadruplicar o número de passageiros/ano que se opera hoje."
Lisboa Diário
O vice-presidente da
TAP, Luiz da Gama Mór, deve anunciar hoje, no Rio de Janeiro, um novo
voo entre Belo Horizonte e Lisboa a partir da entrada do verão europeu.
Com isso, a rota passa a ter frequência diária. A decisão da companhia,
segundo sua assessoria, se justifica pelas altas taxas de ocupação dos
seis voos semanais atuais, que giram em torno de 85%.
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