As companhias aéreas brasileiras terão um prazo de 15 dias após o
sorteio dos grupos da Copa do Mundo, marcado para 6 de dezembro, para
solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) os pedidos de
alterações na malha aérea para junho e julho de 2014, período do
Mundial. A decisão foi tomada em reunião do Comitê Interministerial para
a Copa do Mundo de 2014 nesta quinta-feira (31.10), no Ministério da
Justiça, com representes das empresas TAM, Avianca, Azul e Gol.
“Após o sorteio, será possível saber quais rotas terão mais demanda e
terão que ser reforçadas. Isso depende se o time A vai jogar na cidade A
e o time B na cidade B. Assumimos o compromisso de atender toda a
demanda para a Copa, transportando todas as pessoas dentro das regras de
atenção ao consumidor e sob o pacto de precificação que for colocado
aqui”, disse Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das
Empresas Aéreas (Abear), em coletiva de imprensa após a reunião.
Ele explicou que 70% da demanda normal é formada por viajantes com
objetivos de negócios e eventos. Esse tipo de passageiro, segundo dele,
deve diminuir drasticamente, de acordo com os dados das Copas de 2006 e
2010 e das Olimpíadas de Londres 2012. “Em se tratando da malha da Copa,
majoritariamente o que deve acontecer é que o terno e a gravata sejam
substituídos pela camisa de time e pelas vuvuzelas”, disse.
O presidente da Anac, Marcelo Guaranys, explicou que alguns pedidos de
alterações na malha área podem ser autorizados rapidamente e que outros
vão depender da estrutura e de possíveis adequações nos aeroportos.
“Podemos autorizar inclusive novas rotas, desde que estejam dentro da
capacidade dos aeroportos. Acredito que até meados de janeiro a malha da
Copa já será conhecida”, disse.
Monitoramento ampliado
O monitoramento dos preços praticados em julho e julho também será
intensificado. “Atualmente recebemos mensalmente um relatório com todos
os preços que foram cobrados no mês anterior. Faremos agora um
monitoramento antecipado dos preços que estão sendo ofertados para o
período da Copa, com base em relatórios quinzenais. Uma vez detectado um
abuso, podemos tomar medidas para ampliar a oferta de voos em
determinada cidade ou outras medidas que cabem ao Cade ou à secretaria
do Consumidor”, acrescentou Guaranys.
A secretária nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana
Pereira, explicou que as companhias aéreas têm até a próxima terça-feira
(05.11) para enviar à secretaria a proposta de texto que será publicado
nos sites alertando os compradores de que a malha ofertada hoje não é
ainda a malha da Copa.
"O consumidor precisa saber que aquelas informações não são definitivas e
que após o sorteio haverá mudanças e os voos atuais podem ser
alterados. Também estamos atentos aos direitos dos consumidores que não
querem se envolver com a Copa, que estarão de férias e querem aproveitar
para visitar um parente ou viajar para outra cidade”, disse. Segundo
Marcelo Guaranys, até o momento, menos de 0,1% dos voos do período da
Copa foram vendidos.
Fonte: Odocumento.com.br
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