As novas rotas no espaço aéreo brasileiro entraram em vigor ontem
(12) com a implementação da chamada Navegação Baseada em Performance
(PBN – Performance Based Navigation) realizada pelo Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (Decea). A medida permitirá a redução do tempo
de voo no país e impactará em cerca de 300 mil voos por ano.
Com a redução dos tempos de viagem, as aeronaves diminuem o consumo
de combustível e, consequentemente, os custos de voo. De acordo com os
cálculos do Subdepartamento de Operações do Decea, a redistribuição
dessas estradas do céu reduzirá o consumo de combustível das aeronaves
em 2 mil toneladas por ano. Com isso, o correspondente a cerca de 6.500
toneladas de gás carbônico deixarão de ser despachados no céu.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o primeiro voo
beneficiado com a mudança realizou um transporte de órgãos para
transplante e decolou de Dourados (MS) para Guarulhos (SP). Com as novas
rotas, foi possível diminuir em 15 minutos o tempo de voo.
Cartas aeronáuticas
Ao todo, a redistribuição das rotas vai alcançar cerca de 1,8 milhão
de Km2 de espaço aéreo brasileiro. Segundo a FAB, com a redução dos
tempos de viagem, as aeronaves diminuem o consumo de combustível e,
consequentemente, os custos de voo.
Para permitir as novas rotas foram confeccionadas mais de 300 novas
Cartas Aeronáuticas (mapas aéreos), que revelam os traçados dos novos
caminhos. Segundo a FAB, com as novas rotas foi possível diminui 1430
Milhas, o equivalente a 2.650 Km, em trajetórias de voo na região. A
distância corresponde a um voo entre o Rio de Janeiro e Macapá.
Gerente do projeto, o chefe da Divisão de Operações do Instituto de
Cartografia Aeronáutica (ICA), major Eduardo Sardella da Silva, afirma
que a fluidez entre os terminais aéreos também será aprimorada ao
viabilizar, “além dos encurtamentos de trajetórias, acessibilidade a
localidades anteriormente não contempladas e a possibilidade de expansão
de operações sem exigência de grandes alterações”.
Fonte: Faxaju
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