O crescimento da aviação executiva nos últimos cinco anos tem mais que
dobrado o movimento nos aeroportos que ficam num raio de até 100 km de
distância da cidade de São Paulo.
Com a saturação dos grandes aeroportos do Estado (Congonhas, Guarulhos e
Viracopos) e o aumento no número de aviões, as empresas de manutenção e
locação migraram para os aeroportos próximos da capital.
O principal exemplo desse aumento na demanda é o aeroporto de Jundiaí
(a 58 km de distância de São Paulo). Segundo dados do Departamento
Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), nos últimos cinco anos o
movimento de pousos e decolagens no local teve crescimento de 178% no
primeiro semestre (passando de pouco mais de 18 mil para aproximadamente
50 mil por mês).
“No aeroporto de Jundiaí, por exemplo, o crescimento se deu além dos
pousos e decolagens, mas também na construção de hangares – passando de
19, em 2006, para 28 hangares, em 2012”, diz o superintendente do
Daesp, Ricardo Volpi.
Outros aeroportos com grande destaque são os de Sorocaba (99 km de São
Paulo), Campo dos Amarais (em Campinas, a 93 km de São Paulo) e Bragança
Paulista (85 km de São Paulo). O crescimento nesses aeroportos quase
dobrou nos últimos cinco anos.
Segundo o Daesp, serão investidos R$ 70 milhões em obras de
infraestrutura e melhorias nos aeroportos do Estado neste ano,
principalmente para sistemas de iluminação e de comunicação.
Empresa usa aeroporto para desafogar demanda de Congonhas
Estar nos aeroportos menores é mais uma opção de ficar próximo dos
clientes, segundo o presidente da Colt Aviation, Alexandre Eckmann.
"Nossa demanda de voos para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro é
bastante grande, e, muitas vezes, os aeroportos de Jundiaí e Sorocaba
servem de auxílio para desafogar a grande demanda de Congonhas", afirma.
A empresa, que está entre as quatro maiores do mercado de aviação
executiva do Brasil, construirá um hangar no aeroporto de Sorocaba e já
possui um hangar com sala vip, em Jundiaí.
Empresa de manutenção de aviões estima crescimento de 40%
A empresa de manutenção de jatos e turboélices Japi Aeronaves estima um
crescimento de até 40% na movimentação em 2012. Fundada há 16 anos, a
empresa recebe cerca de 350 aviões por ano, em média.
"Nos últimos anos, aumentou muito o movimento nos aeroportos do
interior. O espaço em Congonhas é muito caro e você precisa agendar os
horários para os voos. Aqui, em Jundiaí, há duas oficinas e escolas de
aviação, que garantem o movimento durante todo o ano", diz, o gerente
comercial da empresa, André Bernstein.
Nordeste é novo foco de empresas do setor
O crescimento da aviação civil no país já vem repercutindo em outras
regiões, com destaque para o Nordeste. Representante dos jatos da Cessna
e dos helicópteros da Bell no Brasil, a TAM Aviação Executiva, pretende
inaugurar no próximo ano uma base de operações na região de Fortaleza,
no Ceará.
"O Nordeste vem se destacando significativamente como uma região de
grande crescimento econômico. Os jatos da Cessna, representam hoje 49%
da atual frota de aviões executivos no Brasil, sendo que 15% deles estão
no nordeste", afirma o diretor comercial da TAM Aviação Executiva,
Leonardo Fiuza.
Fonte: Matheus Lombardi (Do UOL, em São Paulo)
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