quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Aeroporto de Paulo Afonso demora a decolar, o que está faltando ?

O Aeroporto de Paulo Afonso - BA, um dos maiores aeroportos da região possui uma excelente estrutura e encontra-se em plena atividade, entretanto, a falta de vôos comerciais acaba por prejudicar o turismo local e conseqüentemente a economia. Além do hangar da Chesf, os vôos fretados e de políticos são praticamente os usuários do Aeroporto de Paulo Afonso.
Em entrevista ao PANotícias, o superintendente da Infraero em Paulo Afonso, Itaibes Paiva, afirmou que há grandes possibilidades de vôos comerciais virem para a cidade, contudo, parece que a falta interesse de diversos setores e pessoas envolvidas no contexto acaba por adiar a vinda dos tão esperados vôos. Na verdade os maiores interessados, que são os usuários (passageiros), somados a uma minoria de pessoas públicas fazem parte de quem pouco pode decidir pela volta dos vôos.
Vários pontos nos levam a acreditar que a vinda de vôos comercias seria viável em Paulo Afonso. O fato da cidade ser limítrofe, estar interligada a outros três Estados (Sergipe, Pernambuco e Alagoas), faz com que o aeroporto local tenha a possibilidade de ter uma demanda considerável, que venha a suprir as necessidades comerciais das empresas de vôo. Hoje, Paulo Afonso  não é apenas uma cidade, mas sim um pólo regional que atende 10 cidades da região (na área da saúde, emprego, comércio e lazer), atingindo um público de mais de 1 milhão de pessoas. Tal fator, por si só, já deveria despertar o interesse por parte das empresas de vôos em vir para cidade.
Um outro ponto, bastante significativo, é a beleza natural do município, que, se melhor trabalhada, poderia ajudar a crescer o número de turistas na cidade que, por sua vez, está totalmente intrínseco a vinda destes visitantes via linhas aéreas e, finalmente, à economia. Todavia, as grandes agências de turismo local só se preocupam em emergir turistas esquecendo-se do potencial local, esquecendo-se de trazer turistas, não se comportando como filhos de uma cidade, ou conhecedores de uma cidade que já foi citada na mídia nacional como a Nova Zelândia do Brasil.
Além dos pontos acima citado, ainda há um outro fator determinante, segundo alguns informantes, o fato de uma grande empresa local ser facilitadora de vôos não pagantes no aeroporto da cidade, acaba causando o desinteresse das companhias aéreas para virem para Paulo Afonso, pois, sempre perdem passageiros para os vôos gratuitos.
As perguntas são: por que um aeroporto completamente estruturado, com capacidade acolher vôos comercias diários, que só trariam benefícios para cidade, não possui uma política de incentivo a vinda destes vôos? Quem ou qual entidade/empresa/instituição pode ou deve responder por esse descaso? As perguntas ficam "no ar".

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