O
Aeroporto de Paulo Afonso - BA, um dos maiores aeroportos da região
possui uma excelente estrutura e encontra-se em plena atividade,
entretanto, a falta de vôos comerciais acaba por prejudicar o turismo
local e conseqüentemente a economia. Além do hangar da Chesf, os vôos
fretados e de políticos são praticamente os usuários do Aeroporto de
Paulo Afonso.
Em entrevista ao PANotícias, o superintendente da Infraero em Paulo Afonso, Itaibes Paiva,
afirmou que há grandes possibilidades de vôos comerciais virem para a
cidade, contudo, parece que a falta interesse de diversos setores e
pessoas envolvidas no contexto acaba por adiar a vinda dos tão esperados
vôos. Na verdade os maiores interessados, que são os usuários
(passageiros), somados a uma minoria de pessoas públicas fazem parte de
quem pouco pode decidir pela volta dos vôos.
Vários
pontos nos levam a acreditar que a vinda de vôos comercias seria viável
em Paulo Afonso. O fato da cidade ser limítrofe, estar interligada a
outros três Estados (Sergipe, Pernambuco e Alagoas), faz com que o
aeroporto local tenha a possibilidade de ter uma demanda considerável,
que venha a suprir as necessidades comerciais das empresas de vôo. Hoje,
Paulo Afonso não é apenas uma cidade, mas sim um pólo regional que
atende 10 cidades da região (na área da saúde, emprego, comércio e
lazer), atingindo um público de mais de 1 milhão de pessoas. Tal fator,
por si só, já deveria despertar o interesse por parte das empresas de
vôos em vir para cidade.
Um
outro ponto, bastante significativo, é a beleza natural do município,
que, se melhor trabalhada, poderia ajudar a crescer o número de turistas
na cidade que, por sua vez, está totalmente intrínseco a vinda destes
visitantes via linhas aéreas e, finalmente, à economia. Todavia, as
grandes agências de turismo local só se preocupam em emergir turistas
esquecendo-se do potencial local, esquecendo-se de trazer turistas, não
se comportando como filhos de uma cidade, ou conhecedores de uma cidade
que já foi citada na mídia nacional como a Nova Zelândia do Brasil.
Além
dos pontos acima citado, ainda há um outro fator determinante, segundo
alguns informantes, o fato de uma grande empresa local ser facilitadora
de vôos não pagantes no aeroporto da cidade, acaba causando o
desinteresse das companhias aéreas para virem para Paulo Afonso, pois,
sempre perdem passageiros para os vôos gratuitos.
As
perguntas são: por que um aeroporto completamente estruturado, com
capacidade acolher vôos comercias diários, que só trariam benefícios
para cidade, não possui uma política de incentivo a vinda destes vôos?
Quem ou qual entidade/empresa/instituição pode ou deve responder por
esse descaso? As perguntas ficam "no ar".
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