segunda-feira, 10 de março de 2014

‘Esse foi o terceiro acidente’, diz irmão de vítima de queda de ultraleve em SE


A queda de ultraleve no fim da tarde de domingo (9) em um sítio no município de Itabaiana (SE) deixou a família do torneiro mecânico e piloto amador Ademir Marinheiro da Silva, 58 anos, surpresa com o acontecido. Isso porque a vítima já tinha experiência em voos apesar de este ser o terceiro acidente com esse tipo de aeronave.

“Esse foi o terceiro acidente. Nas outras vezes foi mais grave do que essa porque chegou a quebrar a hélice. Dessa vez disseram que ele vinha em um voo baixo e bateu no fio”, conta o irmão do piloto, Jair Marinheiro.

O ultraleve caiu embaixo da rede elétrica próximo do local de decolagem e chegou a pegar fogo, até a carteira da vítima ficou parcialmente derretida com o calor. O Corpo de Bombeiros foi acionado e o tanque de combustíveis foi retirado da aeronave por terceiros.

"Chegamos pouco tempo depois de recebermos o chamado porque existe uma base próxima ao local do acidente. O ultraleve caiu a cerca de três quilômetros da pista de onde decolou. Acredito que possa ter havido uma pane na aeronave e o piloto tentou pousar, mas não viu os fios de alta tensão. Rapidamente combatemos as chamas e isolamos a área do acidente, inclusive próximo aos postes, pois havia risco de queda", explica o sargento do Corpo de Bombeiros, Sérgio da Fonseca Santos, que atendeu a ocorrência. Segundo ele, a vítima não portava a permissão para pilotar no momento do acidente.

“É chocante saber que uma pessoa que gostava tanto de esportes radicais acabou assim, ele praticava atividades no mar e em terra como o motociclismo e agora estava investindo na parte aérea. Já é o terceiro ultraleve que ele possui e aconteceu isso”, relata Ademir Marinheiro Júnior, um dos três filhos da vítima.

Segundo Jair, o irmão dele já pilotava há mais de 15 anos e todo domingo fazia voos panorâmicos. No dia do acidente ele testava a aeronave de um amigo e acabou batendo na rede elétrica. Marcas no corpo indicam que ele pode ter morrido eletrocutado, mas somente o laudo pericial feito no Instituto Médico Legal (IML) vai poder apontar a real causa da morte.

“Ele já sofreu acidente de moto, quebrou a perna em catorze lugares e tinha placa de platina no membro inferior. Como um eletricista me falou, a platina pode ter potencializado o choque”, afirma o irmão do piloto, Jair Marinheiro. A Polícia Civil fez perícia no local e o laudo com a causa do acidente deve ser concluído em cerca de um mês.

Fonte: G1/SE

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