A queda de ultraleve no fim da tarde de domingo (9) em um sítio no município de Itabaiana
(SE) deixou a família do torneiro mecânico e piloto amador Ademir
Marinheiro da Silva, 58 anos, surpresa com o acontecido. Isso porque a
vítima já tinha experiência em voos apesar de este ser o terceiro
acidente com esse tipo de aeronave.
“Esse foi o terceiro acidente. Nas outras vezes foi mais grave do que
essa porque chegou a quebrar a hélice. Dessa vez disseram que ele vinha
em um voo baixo e bateu no fio”, conta o irmão do piloto, Jair
Marinheiro.
O ultraleve caiu embaixo da rede elétrica próximo do local de decolagem
e chegou a pegar fogo, até a carteira da vítima ficou parcialmente
derretida com o calor. O Corpo de Bombeiros foi acionado e o tanque de
combustíveis foi retirado da aeronave por terceiros.
"Chegamos pouco tempo depois de recebermos o chamado porque existe uma
base próxima ao local do acidente. O ultraleve caiu a cerca de três
quilômetros da pista de onde decolou. Acredito que possa ter havido uma
pane na aeronave e o piloto tentou pousar, mas não viu os fios de alta
tensão. Rapidamente combatemos as chamas e isolamos a área do acidente,
inclusive próximo aos postes, pois havia risco de queda", explica o
sargento do Corpo de Bombeiros, Sérgio da Fonseca Santos, que atendeu a
ocorrência. Segundo ele, a vítima não portava a permissão para pilotar
no momento do acidente.
“É chocante saber que uma pessoa que gostava tanto de esportes radicais
acabou assim, ele praticava atividades no mar e em terra como o
motociclismo e agora estava investindo na parte aérea. Já é o terceiro
ultraleve que ele possui e aconteceu isso”, relata Ademir Marinheiro
Júnior, um dos três filhos da vítima.
Segundo Jair, o irmão dele já pilotava há mais de 15 anos e todo
domingo fazia voos panorâmicos. No dia do acidente ele testava a
aeronave de um amigo e acabou batendo na rede elétrica. Marcas no corpo
indicam que ele pode ter morrido eletrocutado, mas somente o laudo
pericial feito no Instituto Médico Legal (IML) vai poder apontar a real
causa da morte.
“Ele já sofreu acidente de moto, quebrou a perna em catorze lugares e
tinha placa de platina no membro inferior. Como um eletricista me falou,
a platina pode ter potencializado o choque”, afirma o irmão do piloto,
Jair Marinheiro. A Polícia Civil fez perícia no local e o laudo com a
causa do acidente deve ser concluído em cerca de um mês.
Fonte: G1/SE
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