O governo deve mandar ao Congresso Nacional, ainda neste semestre, um
pedido de autorização para subsidiar o preço das passagens da aviação
regional. O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira
Franco, disse que se reuniria com integrantes do Tesouro Nacional, ainda
hoje, para definir qual valor poderá ser liberado para que as passagens
fiquem mais baratas e decidir se a proposta será encaminhada por
projeto de lei ou medida provisória.
“Com
isso, vamos permitir um ambiente de concorrência entre modais e,
consequentemente abrir alternativas aos brasileiros para fazer sua
opção”, disse o ministro. Segundo ele, os recursos virão do Fundo
Nacional de Aviação Civil (Fnac), que tem previsão neste ano de R$ 3,5
bilhões. “Esses recursos, que vão servir tanto para as obras físicas dos
aeroportos regionais como para os subsídios, estão definidos em lei, e
obrigatoriamente terão que ser gastos nisso”, explicou.
A
SACl apresentou hoje a proposta para o novo Plano Geral de Outorgas do
setor, que norteará as decisões do governo para escolher o modelo de
exploração mais adequado para cada aeroporto. As regras vão valer para
todos os aeroportos regionais, mas serão mais rígidas para os 270
aeródromos que fazem parte do Plano de Aviação Regional, anunciado no
final do ano passado, que prevê investimento total de R$ 7,3 bilhões em
reformas e ampliações.
A
exploração inclui tanto a construção de novos aeroportos como
ampliação, reforma, administração, operação, manutenção e exploração
econômica dos aeródromos já existentes. A preferência para a gestão dos
aeroportos será dada aos estados, desde que tenham capacidade técnica,
administrativa, orçamentária e de planejamento.
Se
os estados não puderem assumir a administração, os aeroportos regionais
poderão ser delegados a municípios com Produto Interno Bruto (PIB, soma
das riquezas e bens gerados no país) superior a R$ 1 bilhão, além de
capacidade técnica e administrativa. Segundo a SAC, esse critério foi
colocado porque a experiência no setor tem mostrado que municípios
pequenos enfrentam grandes dificuldades para administrar infraestruturas
aeroportuárias.
O
texto também prevê que, se estado e municípios não puderem assumir a
exploração, a União poderá fazer a gestão, por meio da Infraero ou
delegação à iniciativa privada, inclusive com pagamento de
contraprestação financeira para viabilizar a gestão. Os estados e
municípios que tiverem a gestão dos aeroportos poderão fazer concessão à
iniciativa privada, desde que tenha anuência prévia da SAC e condições
para fazer a licitação e acompanhar e fiscalizar o contrato de
concessão.
“O
objetivo é garantir aos brasileiros, como passageiros, a possibilidade
de ter alternativa segura, eficaz, eficiente e barata”, disse o
ministro. As contribuições para o Plano Geral de Outorgas serão
recebidas de amanhã (20) até o dia 17 de abril.
Fonte: www.paraserpiloto.com
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