terça-feira, 11 de março de 2014

Telefones de passageiros do voo MH370 chamam, mas ninguém atende


O mistério envolvendo o voo da Malaysia Airlines desaparecido desde sexta-feira se aprofunda com o fato de mídia chinesa noticiar que diversos celulares de passageiros estão ligados. Os telefones tocam, mas ninguém responde, o que indicaria que os telefones estariam ligados.

As equipes de busca ainda não encontraram vestígios da aeronave, que saiu de Kuala Lumpur logo após a meia-noite de sábado, com previsão de chegada a Pequim às 6h30min de sábado, no horário local (19h30 de sexta, em Brasília). As autoridades suspeitam que a aeronave tenha se desintegrado em pleno voo. Hipóteses de terrorismo também cresceram desde a revelação, no sábado, de que dois passageiros embarcaram com passaportes roubados.
Segundo informações do site China.org.cn, pelo menos 19 familiares de passageiros assinaram uma declaração afirmando que desaparecidos no voo MH370 estão com os celulares conectados, mas as ligações não completam. Eles pediram que a Malaysia Airlines revele qualquer informação que poderia estar escondendo e que explique a estranha conexão dos telefones celulares. Os familiares reclamam que a companhia aérea não está respondendo-os adequadamente.
A irmã de um passageiro chinês entre os 239 que estavam a bordo fez a ligação ao vivo na TV, segundo o site britânico Mirror.
— Esta manhã, por volta das 11h40min, liguei duas vezes para o meu irmão, e o telefone tocou. Se fosse possível completar a ligação, a polícia poderia achar a localização, e ele poderia estar vivo — afirmou Bian Liangwei, irmã de um dos passageiros desaparecidos, que passou o número do telefone para a companhia aérea.
Uma situação semelhante foi vivida por um homem de Pequim que ligou para o irmão desaparecido no avião e avisou à Malaysia Airlines que o telefone tocou três vezes antes de que a ligação fosse finalizada, de acordo com o Shanghai Daily.
As famílias de desaparecidas no voo avisaram o diretor comercial da Malaysia Airlines, Hugh Dunleavy, que os celulares dos passageiros estavam chamando, mas que eles não atendiam. Dunleavy teria dito o mesmo estava ocorrendo com os celulares dos tripulantes, e que os números haviam sido passados aos investigadores chineses. Os familiares dos passagiros pediram às autoridades que procurem a localização dos telefones pelo sistema de Global Positioning System (GPS).
Em uma conferência em Pequim, o porta-voz da Malaysia Airlines, Ignatius Ong, disse que não foi possível fazer contato com um dos números informados pelos familiares.
— Eu mesmo liguei para o número cinco vezes e o centro de comando da companhia fez o mesmo. O telefone não chamou — afirmou.
Fonte: Zero Hora

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