Não houve acordo na mais recente tentativa de acordo entre companhias
aéreas e trabalhadores. Com isso, aeronautas e aeroviários confirmaram a
paralisação marcada para a próxima quinta-feira (22), entre as 6h e as
7h, quando, conforme prometem, "nenhum voo decolará em todo os
aeroportos do País".
Segundo comunicado já divulgado pelo SNA (Sindicato Nacional dos
Aeronautas), a ação deverá ser mantida ou intensificada nos dias
subsequentes, por tempo indeterminado — "até que haja uma resposta
positiva das empresas aéreas na negociação da convenção coletiva de
trabalho".
De acordo com os aeronautas, nesta sexta-feira (16), o SNEA (Sindicato
Nacional das Empresas Aeroviárias) rejeitou a última proposta feita
pelos trabalhadores e aprovada em assembleia na última quarta-feira
(14), de reajuste salarial de 8,5%, uma pequena redução em relação aos
9% exigidos anteriormente, e uma menor pauta social.
Já as entidades patronais — o SNEA e a Abear (Associação Brasileira das
Empresas Aéreas) — afirmaram que foi "a postura dos sindicatos" que
impossibilitou o fechamento de um acordo.
Em nota, as entidades disseram que "houve avanço nas propostas, que
foram recusadas pelos sindicalistas". O comunicado não dá outros
detalhes, diz apenas que esta foi a segunda proposta apresentada pelas
empresas com aumento real de salários e melhoria em benefícios. Afirma
também que das 34 cláusulas colocadas na mesa de negociação, o SNEA e a
Abear aceitaram totalmente ou parcialmente dois terços delas.
Fonte próxima às negociações contou que as empresas chegaram a sugerir
uma nova proposta, de 6,83% — o que corresponde à reposição de inflação
mais um ganho real de 0,50% —, mas a oferta não teria sido bem recebida
pelos sindicatos e foi retirada da pauta. Os trabalhadores queriam a
inclusão de uma folga remunerada, mas as companhias defendem que o tema
fosse tratado separadamente.
Até a semana passada, as empresas aéreas seguiam firmes em sua proposta
de reposição da inflação, de 6,33%. Na rodada anterior, na última
segunda-feira (12), ofereceram um aumento de 6,5%. O pequeno ganho real,
de 0,17%, foi considerado "inaceitável" pelos trabalhadores, que em
assembleia realizada na última quarta-feira decidiram pela paralisação
do próximo dia 22.
Fonte: http://noticias.r7.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.