O futuro das viagens aéreas está começando a tomar forma, e “big
data” (análise do tráfego de dados) é o pilar que conduzirá à lealdade e
ao lucro. A Sabre Airlines Solutions® e a The
Economist Intelligence Unit (EIU) produziram uma visão abrangente sobre
como as companhias aéreas devem aproveitar esses dados e tecnologias
comprovadas para se manter à tona em tempos difíceis. O mercado se
encontra em uma encruzilhada única e está bem posicionado para redefinir
as viagens no futuro.
Nos últimos dez anos, tem havido um foco não somente na contenção das
despesas mas em sua redução contínua, e essa estratégia está atingindo
um ponto de retorno diminuído. Isso levou a uma erosão da lealdade à
marca ao longo de todo o setor, e os viajantes estão começando a ver o
mercado como uma commodity de “ponto A ao ponto B”. Para superar essa
percepção, as companhias aéreas devem considerar essas três estratégias
com uma visão de futuro:
- Tirar proveito de tecnologias comprovadas e existentes para personalizar melhor a experiência de viagem.
- Usar como base as melhores práticas que já estão sendo usadas dentro e fora do setor de viagens.
- Coletar dados e analisar dados fornecidos pelos viajantes, de uma maneira responsável.
Imagine chegar no aeroporto, passando com agilidade por sua fila
exclusiva de controle de segurança, pegando sua refeição preferida no
portão de embarque, e acomodando-se em seu assento com um tablet de
cortesia carregado com seu conteúdo favorito. Após a chegada, o seu
tablet fornecerá instruções a respeito de onde você pode pegar sua
bagagem. Ah, e por falar nisso, uma vez que você estava ouvindo os
Rolling Stones durante o seu voo, você talvez gostaria de assistir a um
show próximo ao seu hotel esta noite. Quer ingressos? Use suas milhas
para comprá-los agora.
Você gostaria de compartilhar essa experiência, não é mesmo? Você
gostaria de viajar com esta companhia aérea outra vez por causa de todos
os detalhes que foram cuidadosamente pensados para melhorar uma
experiência que de outra maneira seria classificada como decepcionante.
Você nunca consideraria novamente voar com qualquer companhia aérea que
não o tratasse tão bem. A experiência do cliente conduz à fidelidade da
marca. O marketing boca a boca funciona melhor do que qualquer
publicidade pode comprar. O que é surpreendente é que essa experiência
foi facilitada por uma solução de Wi-Fi simples e uma tecnologia de
tablet econômica.
O Vice-presidente da China Airlines para o desenvolvimento
corporativo, Hsiao-Tung Hsing, aponta para os “benefícios de dupla
utilização” em disponibilizar os tablets conectados à Web como
equipamento padrão para a tripulação de cabine. Os tablets podem ajudar a
tripulação de cabine a reconhecer os clientes mais valiosos e
proporcionar uma atenção especial a eles. A tripulação também pode
usá-los para reduzir o tempo de reparo na pista, solicitando peças de
reposição para um assento quebrado, por exemplo, durante um voo.1
A conexão Wi-Fi permite que você colete dados do cliente durante a
experiência de viagem, e não depois, onde talvez não tenha tanto valor. O
monitoramento de problemas de clientes via mídias sociais e oferta de
soluções paliativas no espaço digital tem boa relação de custo e
benefício e é registrável, podendo muitas vezes acontecer em tempo real.
No exemplo “conduzido através do aeroporto” acima, o que aconteceria
se um ponto de estresse do cliente ocorresse ao longo do caminho: por
exemplo, um cancelamento de voo devido a condições meteorológicas? Os
resultados de redução de custos significam que há menos agentes de
portão de embarque e agentes de reservas que podem ser abordados durante
a experiência de viagem. Por que não reverter essa perda com o
monitoramento de mídia social? Se o nosso viajante estava atrasado e os
agentes de portão de embarque e linhas telefônicas estiverem
sobrecarregados, eles poderiam buscar ajuda via Twitter e imediatamente
ter um diálogo direto com um agente de reserva para uma solução.
O Twitter é uma realidade hoje. Mas e o WhatsApp? BBM? Temos que ir onde o cliente está.
– Glenn Morgan, chefe do serviço de transformação da British Airways2
Em 1998, a Harrah começou a coletar dados de clientes com relação à
sua experiência no casino e no resort. Eles acrescentaram um cartão
magnético a um programa de fidelidade já existente e começaram a
rastrear todas as transações dos clientes. Não apenas com relação a
apostas, mas quais marcas eram adquiridas em suas lojas, quais bebidas,
quais comidas, hábitos de jogo – a experiência completa. Esses dados
permitiram à Harrah prever o comportamento futuro do cliente e como
incentivar e adequar essa experiência para aprofundar a afinidade com a
marca. Eles agora podem prever em que época do ano um hóspede poderia
estar fazendo reservas e começar a oferecer descontos para o hóspede com
meses de antecedência para ajudar a estimular as reservas. Se você tem
feito uma viagem para algum cassino ultimamente você sabe como esse
modelo é bem sucedido. Ele tem sido adotado por todos os maiores grupos
de resorts e é considerado o padrão do mercado.
Imagine o nosso exemplo de serviço ao cliente pelo Twitter com essa
camada de mineração de dados. E se uma companhia aérea tivesse parcerias
de dados sólidas com outras empresas no mercado de viagens e turismo?
Se o nosso atribulado viajante ficou preso sem um voo, o agente de
reservas poderia ver que ele ou ela tem um programa de recompensas com
um hotel de alto luxo nas proximidades. Como a companhia aérea tem uma
parceria de dados existente com a cadeia de hotéis, o agente poderia
reservar um quarto que o cliente geralmente pudesse gostar e solicitar à
gerência para que o mesmo fosse preparado e abastecido com uma garrafa
de vinho por conta da casa. De repente, o ponto de estresse para o nosso
viajante virou a solução mais favorável para eles, para a companhia
aérea, e para os parceiros de dados. E tudo isso capturado e facilmente
compartilhável através dos canais de mídia social do cliente para o
benefício de todos.
Recentemente, a Sabre Airlines Solutions estabeleceu uma
parceria com a EIU para produzir um relatório em torno desses desafios e
as soluções necessárias para enfrentá-los. A EIU realizou pesquisas
paralelas com 100 executivos de companhias aéreas e 810 clientes de
companhias aéreas entre agosto e setembro de 2013. Metade dos executivos
ocupam cargos de nível C, com o resto sendo SVPs, VPS, ou diretores. As
regiões da América do Norte, Ásia-Pacífico e Europa estão igualmente
representadas com 30% cada, enquanto a América Latina, Oriente Médio e
África compõem os restantes 10% das respostas.
O relatório investiga a satisfação do cliente atual e como soluções
de baixo custo podem aumentar a classificação nessa área e construir
fortes laços com a marca. Além disso, ele entra em grandes detalhes
sobre como o mercado pode resolver pontos de estresse relacionados à
experiência de reserva, aeroporto, e durante o voo. A boa notícia para o
mercado da aviação é que muitas soluções já foram testadas e mostraram
ser bem sucedidas por vários concorrentes e parceiros, fazendo com que a
barreira de adoção seja muito baixa.
Como você conquistará o sucesso no mundo das viagens aéreas do
futuro? O avanço dependerá de big data e a capacidade de oferecer
serviços e produtos acessórios para gerar lucro, proporcionar uma
experiência de viagem personalizada, e desenvolver relacionamentos de
longo prazo com a sua marca que irão beneficiar o setor como um todo.
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