quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Avião do Bradesco está enterrado a 5 metros de profundidade, diz Cenipa



O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que a maior parte do avião do Bradesco que caiu próximo à divisa de Goiás com Minas Gerais está “enterrada a cinco metros de profundidade”. Desde o início da manhã desta quarta-feira (11), investigadores trabalham no local do acidente, que matou dois executivos do banco, piloto e copiloto.

A aeronave caiu no início da noite de terça-feira (10). O jato decolou do aeroporto de Brasília às 18h39 com destino a São Paulo, mas desapareceu dos radares do controle de tráfego às 19h04. O avião caiu em uma fazenda que fica entre o distrito de Santo Antônio do Rio Verde, município de Catalão, no sudeste de Goiás, e a cidade de Guarda-Mor, em Minas Gerais. O Bradesco lamentou a tragédia.

Passageiros e tripulantes não resistiram aos ferimentos. O acidente causou a morte do vice-presidente do banco e presidente da Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi; do presidente do Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira; do piloto Ivan Morenilla Vallim; e do copiloto Francisco Henrique Tofoli Pinto.

O delegado regional de Paracatu, Edson Rogério de Morais, disse que a Polícia Técnico-Científica já começou a atuar no local para fazer a retirada dos corpos. "Agora vamos tentar retirar o avião de dentro da terra para facilitar a remoção dos corpos. Ainda é prematuro, mas acreditamos que existam corpos na parte do avião que está soterrada. Os corpos serão levados para o IML de Belo Horizonte, pois só lá é possível fazer exames mais complexos”, afirmou.

Cratera
O gerente da fazenda, Fábio Henrique Farias se dirigiu ao local do acidente logo após a queda e filmou a área.  As imagens mostram partes da fuselagem ainda em chamas dentro do buraco.

"Quando caiu, o avião abriu uma cratera de 5 metros de altura por 6 de largura. Destroços foram parar a cerca de uns 200 metros", disse Fábio ao G1.

Outra funcionária da fazenda, a auxiliar de serviços gerais Luciana Pereira de Jesus, contou que ouviu o barulho da queda a cerca de 10 km da sede.

"Foi como o barulho de um trovão. Os vizinhos de outras fazendas disseram que viram uma tira de fogo no ar. Alguns funcionários que estão lá avisaram que tem pedaços da aeronave espalhados por todo lado", relatou Luciana.


Investigação
O jato Cessna modelo Citation VII foi adquirido pelo Banco Bradesco em 2011. Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião estava regular, com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia e com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido.
O Cenipa investiga as causas do acidente. Nesta quarta-feira, uma equipe coleta partes da aeronave, documentos, imagens e ouve testemunhas. De acordo com os investigadores, "já são levantados dados sobre a meteorologia da rota, o plano de voo da aeronave e a imagem radar do deslocamento".

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, em nota, que já notificou a ocorrência à Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e ao National Transportation Safety Board (NTSB), órgão investigador do país fabricante do avião. Não há prazo para conclusão das investigações. (Leia comunicado na íntegra abaixo)

Nota da FAB:
Com relação ao acidente com a aeronave Cessna 650, prefixo PT-WQH, que caiu na cidade de Guarda-Mor (MG), na última terça-feira (10/11), o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informa que uma equipe composta por seis militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) chegou à Fazenda Chapadão, às 8h10, desta quarta-feira (11/11), e dirigiu-se ao local do acidente, que fica a 15 km da fazenda, para iniciar as investigações.

Durante essa Ação Inicial, os militares vão coletar partes da aeronave, documentos, imagens e ouvir testemunhas. Já são levantados dados sobre a meteorologia da rota, o plano de voo da aeronave e a imagem radar do deslocamento.

Cumprindo o previsto na Convenção para Aviação Civil Internacional, o CENIPA já efetuou a notificação da ocorrência à OACI (Organização da Aviação Civil Internacional) e ao NTSB (National Transportation Safety Board), órgão investigador do país fabricante do avião. Vale ressaltar que a investigação do CENIPA tem como finalidade a prevenção de acidentes aeronáuticos. Não há prazo para conclusão das investigações.

Fonte:G1



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