terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Aeronaves comerciais brasileiras que já morreram - I


Aeronaves em geral, especialmente as que são utilizadas comercialmente, possuem uma vida útil limitada, e mais cedo ou mais tarde, acabam morrendo,canibalizadas,desmontadas ou simplesmente abandonadas em algum pátio esquecido, no meio do mato, ou no deserto.

Aqui estão alguns exemplos bem recentes, de aeronaves comerciais brasileiras que já se foram. Algumas tiveram um fim prematuro, outras voaram intensamente por anos a fio.

A Gol Linhas Aéreas padronizou seu equipamento com modelos Boeing 737-700 e 737-800, mas, para suprir suas linhas, enquanto aguardava a entrega de aeronaves novas, utilizou alguns Boeing 737-300 já bastante usados, que operaram principalmente na United. O PR-GLA, no entanto, operou anteriormente na Lufthansa, e foi fabricado em 1986, sendo o mais antigo avião a operar na Gol. Voou dois anos na empresa antes de ser devolvido, Voou depois na Sky Expres da Rússia por pouco mais de dois anos e foi desmontado em julho de 2009.


O PR-GOF, um Boeing 737-700, foi uma das aeronaves da frota inicial da Gol, em 2001. Veio novo para a empresa, mas teve um fim prematuro, foi desmontado apenas 12 anos depois, em julho de 2013, em Victorville, Califórnia.


O PP-VRD foi, talvez, o primeiro Boeing 777 a ser desmontado. Essa aeronave foi entregue ao seu operador original, a British Airways, em 12 de janeiro de 1996, como G-ZZZE, e voou apenas seis anos na empresa. Voltou à Boeing em 2002, e voou na Khalifa Airways da Argélia por pouco mais de um ano, antes de ser arrendada pela Varig, em março de 2004, onde voou como PP-VRD, por pouco mais de dois anos. Foi estocada e depois, finalmente desmontada em Walnut Ridge, Arkansas. Sua fuselagem foi preservada, devido aos poucos ciclos e seu pequeno desgaste, pois, afinal, essa aeronave operou pouco mais de 10 anos no serviço regular. A vida útil extremamente curta de um avião tão grande e caro pode ser explicada pela baixa autonomia desse modelo específico do avião (não-ER), que era destinado a fazer voos domésticos de alta densidade, e que não fez sucesso no mercado.


Esses dois Airbus A320 estão entre os mais antigos Airbus operados pela TAM. Ambos foram entregues ao seu primeiro operador, a South African Airways, em agosto de 1992, onde voaram por nove anos, antes de passarem para a TAM em 2001. O PT-MZQ operou principalmente nas linhas domésticas, por mais de 11 anos, e o PT-MZR, que tinha 12 poltronas de classe executiva, foi mais usado nas linhas internacionais do Mercosul. A TAM devolveu os dois entre junho e julho de 2012, e os aviões foram desmontados em Mojave, Califórnia. Essas aeronaves, entre outras, que vieram da South African, eram conhecidas entre o pessoal da manutenção da TAM pelo nome pejorativo de "Ebola", pois eram bastante problemáticas, especialmente quanto ao equipamento eletrônico, e não eram populares entre os passageiros, pois não tinham os sistemas de entretenimento dos aviões mais modernos.



Entre outros aviões da TAM quer vieram da South African estavam também os PT-MZP e o PT-MZS, que também já foram desmontados.

Enquanto a TAM aguardava a entrega dos novos Boeing 777-300, a empresa voou algumas aeronaves de forma temporária, como os McDonnell-Douglas MD-11 e Airbus A340-500. Os Airbus A340-500 vieram da Air Canada. O PT-MSN foi entregue originalmente à Air Canada em 27 de julho de 2004, e voou por cerca de três anos na empresa antes de ser repassado à TAM, em primeiro de dezembro de 2007. Voou até outubro de 2011 e foi estacionado em Luqa, na Ilha de Malta, de onde voltaria a voar apenas para ser trazido de volta ao Brasil, sendo desmontado totalmente em agosto de 2015, no Rio de Janeiro. De fato, o Airbus A340-500, em que pese sua enorme autonomia, foi rapidamente suplantado pelo Boeing 777-200LR, de maior alcance e bem mais econômico, e acabou se tornando um "mico" no mercado. Isso pode explicar a vida útil extremamente curta do PT-MSN, apenas 7 anos de operação. O destino do PT-MSL, que também foi operado pela TAM, e que voou operacionalmente durante apenas sete anos, é incerto, e o avião está parado, esperando o seu destino final. Atualmente encontra-se estacionado em Schwerin - Parchim, na Alemanha, sem qualquer esperança de encontrar um novo operador.


Fonte: Cultura Aeronautica

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